Domingo legal
O Domingo Legal é muito melhor que o Faustão. Dá para entender o sucesso de audiência. Meus tios estavam na sala vendo (parece desculpa esfarrapada do tipo: estava passando na sala e minha empregada estava vendo), foram embora e deixaram a televisão ligada. Sentei para ver porque estavam passando umas imagens aéreas hipnóticas de acidentes nas rodovias de São Paulo. Fiquei uns 5 minutos em transe vendo aquilo. Quando pensei: "vou levantar", veio a chamada: "saiba como os ovos de páscoa são feitos". Aí mostraram umas crianças visitando uma fábrica de chocolate, uma matéria muito legal, abstraindo-se o tom infantil (foi feita por crianças e para crianças). Terminada a reportagem, pensei: "Agora sim, vou embora". Não, pícara! Imediatamente, veio o anúncio: "Você sabe do que as mortadelas são feitas?". Não sabia. Fiquei para conferir uma repórter visitando uma fábrica de mortadela. A essa altura, eu já estava grudada no sofá, quase pegando a pipoca e o refrigerante, e me preparando para ficar ali o meu resto de tarde. O que me expulsou - e por isso estou aqui, agora, atualizando o blog - foi um cantor HORRENDO que apareceu por lá e não saiu mais. É uma coisa horrível que canta com a garganta, se esgoelando... um Alexandre Pires elevado a décima potência. Fiquei sem entender o que era aquele sujeito com uma parte do cabelo e da barba (!!!) descoloridos, meio gordinho, os olhos claros... até que ele mencionou que iria cantar uma que ele apresentou pela primeira vez no Raul Gil e eu busquei da minha memória passiva um tal de Anjinho, que apareceu no Raul Gil há um tempo e está fazendo sucesso. Credo, cara... Enquanto ele cantava, a Suzy Rego dava uns chiliques atrás, cantava tudo, batia palmas freneticamente, quase chorando. Uma visão dos infernos. Deixei a televisão pra lá.