Mistérios da meia-noite
Banho. Sozinha em casa, eu, Deus e a Sassá, minha cachorrinha preciosa. De repente, ouço a televisão aos berros. Eu tinha desligado antes de entrar no banho. Pensei que meus pais tivessem chegado em casa e chamei por eles. Silêncio. Saí do banho ainda de tolha para ver o que estava acontecendo e a televisão estava lá, ligada. Não tinha ninguém em casa. Bom, fazer o que? Desliguei. Mas fiquei pensando no que poderia ter acontecido. Depois de Bruno e Marrone quase entrarem em conflito no meu cérebro, cheguei à conclusão de que a Sassá devia ter pisado no controle remoto que estava em cima do sofá e ligado a TV. Bichinha esperta, a minha preciosa.
Se acontecesse uma coisa dessas com a minha irmã, acho que ela morria congelada de susto. Eu sou muito impressionável, mas ela é ainda mais, com essas histórias de fantasmas, espíritos, sobrenatural, copos que andam etc etc. Acho que ficamos assim por causa de umas empregadas que tínhamos quando criança que ocupar seu tempo vago assustando a gente.
A Aline, já depois de casada, estava ouvindo um CD. Aí as músicas acabaram e ela pegou um livro e ficou lendo na sala. Passaram-se 10 ou 15 minutos, ela já tinha até esquecido do CD, quando a música voltou a tocar. Ela deu um pulo do sofá e saiu correndo pro quarto gritando pro meu cunhado:
- João, João..!.
- Que foi, Aline?
- A música!
- Que que tem a música?
- Tá tocando! - ela tremia
- E daí???
- Tá tocando sozinha!
No fim, era um CD que tinha uma daquelas faixas ocultas depois de um tempão de silêncio. Ela tinha esquecido de dar stop.
A pobre levou um susto. Ainda bem que não foi com ela o ligamento automático da TV. E nem uma vez que, eu sozinha em casa, acordei de manhã e encontrei o espelho que fica pregado na parede em cima de uma cadeira.
Brrr!!!