Saia mais que justa
Quem acompanha meu blog deve ter pensado que a gafe do ano era a que eu contei uma vez, da minha amiga do trabalho que falou pra um sujeito no telefone: "O cara que fez o serviço era um baixinho, com cara de nordestino, gordinho..." E o homem respondeu: "Quem fez o serviço fui eu, mas eu não sou nordestino!" E ela: "Mas é gordinho!"
Pois é. Não é que a mesma pessoa conseguiu pagar um mico ainda maior? Ela fez uma encomenda numa papelaria. Dali a alguns minutos, toca o telefone e seu interlocutor se identifica como o cara que vinha entregar o material. Só que ele falava totalmente estranho, com a língua presa, meio fanho, quase inintelígível. A minha amiga imediatamente pensou que fosse algum de nós querendo sacaneá-la, porque ela começou a usar aparelho há pouco tempo e está falando... com dificuldade, pra dizer o mínimo. Daí ela começou pro cara:
- Quem está falando, hein? Pára com essa brincadeira.
E o sujeito continuava dizendo que era o moço da papelaria.
- Olha aqui, seu nojento, monstro, pára de ficar falando assim só pra me sacanear.
Aí o cara ficou nervoso, disse que não ia entregar mais nada, que ia embora e ela continuava pensando que era alguém brincando com ela. Para tirar de vez a dúvida, ela ligou para a papelaria.
- Alô... Eu fiz um pedido com vocês, mas... vocês mandaram alguém? Recebi uma ligação estranha, de uma pessoa dizendo que era daí.
- Sim, mandamos um boy nosso que é meio doentinho, fanho... desculpa, não tínhamos outra pessoa.
Ai... Ela desligou o telefone e começou a chorar, com pena do garoto, porque ela o tinha destratado e ele é doente. E ela é um amor de pessoa, que não faz mal a uma mosca.
O pior é que quando ela contou isso todo mundo riu de dar voltinhas.