Uma noite de fúria
Ainda sobre o jantar no Outback:
Raul resolveu levar a máquina fotográfica para garantir umas fotos para nós. O restaurante havia contratado um fotógrafo, mas nós queríamos ter umas também. Ou ao menos o Raul queria. Quando chegamos lá, ele estava numa ansiedade incrível. As pessoas do marketing do Outback ainda não tinham chegado e a gente não podia fazer nada (e nem precisava) a não ser esperar o início do jantar. Para matar o tempo, ele pegou a máquina para colocar o filme. De repente, disse:
- Já tem um filme aqui!!!...
Com um estranho brilho nos olhos, ele abriu a máquina e começou a puxar freneticamente o filme lá de dentro, arruinando qualquer coisa que pudessem haver fotografado ali. Eu esperava que a qualquer momento ele desse uma gargalhada malévola e gritasse:
HAHAHA, EU DESTRUO!!!
Fiquei olhando para ele quieta, pensando que ele devia saber o que estava fazendo e que, de qualquer forma, era melhor eu não me meter.
Três dias depois, alguém comenta sobre um evento que aconteceu em Belo Horizonte, há umas semanas.
- Eu fotografei, o filme está na máquina.
Olhei para o Raul com uma expressão interrogativa. Ele me olhou com uma cara de quem havia acabado de descobrir que havia feito merda.
- Pessoal, veja bem...