Presentes bizarros
Eu devo atrair gente estranha, não é possível.
Um capítulo à parte da minha visita à homeopata foi a secretária dela. A mulher era uma figuraça. Enquanto eu esperava a médica, a mulher remexia umas coisas. De repente, ela retirou uma saquinho plástico, quadrado, transparente, do tamanho de um cartão de banco e me deu.
- Toma pra você, pode servir para alguma coisa.
O que eu ia dizer? Agradeci, né?
Parece até o Rato Morto que um dia tirou um negócio da blusa, estendeu para mim e disse:
- Olha... um pelo do Lobo... toma.
Lobo é o Husky Siberiano dele. Eu adoro cachorros, mas o que eu ia fazer com aquele pelo? Se ao menos já tivesse o saquinho da secretária da homeopata, teria onde guardá-lo.