Sem nome
Ela vem a minha casa toda segunda e sexta. Encontro com ela de manhã, ela chega às 8h30, mais ou menos, e eu saio para trabalhar 8h40. Dou bom dia e, às sextas, bom dia e bom final de semana tudo junto. Um dia, a minha mãe me contou que ela me achava tão bonita que perguntou se eu era artista (já contei isso aqui no blog, que até fiquei imaginando que ela não devia ver muitas coisas bonitas para achar tudo isso de mim). Com todo esse contato, natural que eu não soubesse o nome dela. Eu não sei o nome da minha empregada. Ela não foi contratada por mim, e sim, pela minha mãe, então eu não sei como ela se chama. Mas isso nunca tinha me trazido maiores problemas. Até sexta-feira. Liguei para casa. Distraída, ouvi o telefone chamando e esperava que minha mãe ou meu pai atendesse. Mas fui surpreendida. Atendeu a empregada.
- Alô.
E agora, meu Deus do céu da Penha? Geralmente, nessa hora, a gente fala "Alô, fulano" ou "Oi, fulano". Mas eu não sabia o que dizer. Só não desliguei pela absoluta necessidade de falar com a minha mãe.
- Anh... alô, aqui é a Fernanda.
Que situação...