O passado fica muito mais agradável quando nos lembramos dele depois de alguns anos. O passado fica melhor quando se torna... passado. Foi esta a nítida sensação que tive ao visitar, completamente de bobeira, a minha faculdade, que terminei há quase cinco anos. Não pisava lá desde então.
Cada canto me lembrava alguma coisa. Um encontro. Uma aula. Um professor. Risos. Cantar "you gotta be" no meio do corredor com as amigas que eu tinha acabado de fazer, de quem gostava tanto, gente que nunca mais vi. Fazer piada de absolutamente tudo.
Risos, música, amigos. Tudo de ruim pelo que passei na faculdade sumiu. As pessoas que não falavam comigo. As vezes em que eu achava que não tinha nenhum amigo por não fazer parte da galera mais popular. Os problemas burocráticos que tive por ter sido remanejada e que me fizeram temer perder algumas matérias. Tudo sumiu. Ainda bem.
E ainda por cima vi o Sapão! O professor que vinha do laguinho, se metamorfoseava em ser humano e, à noite, se transformava em sapo de novo. Por isso ele tinha as unhas, as meias e os cabelos verdes. Ainda está lá, o grande sapo.