Contos de ônibus
Hoje eu quase tomei um tombo no ônibus.
Imagina que, na hora que estava andando lá para a frente (ainda um ônibus com desembarque pela frente), o motorista estava correndo (devia estar atrasado, já que demorou MEIA HORA pra passar) e deu aquela freada sutil que eles costumam dar. Como eu sou uma menina forte e sarada, essas coisas não me atingem, porque habilmente eu me seguro qual macaca nos ferros, com os braços para cima.
O problema foi que, chegando mais para a frente, minha mão procurou o ferro e encontrou o vazio. Eu continuei insistindo e agarrando o ar, enquanto o cara freava. Eu, fatalmente, estava prestes a cair. Segurei na cordinha de dar sinal, o que fez um barulhão constrangedor interminável
péeeee. Um micão de respeito. Fiquei totalmente perdida. O que teria acontecido? Roubaram o ferro de segurar? Não! Um projetista sem mãe fez o ferro acompanhar uma curvinha nova do ônibus. Aí, ele não seguia o caminho que costuma seguir. É mais ou menos como se, de repente, tirassem dois degraus de uma escada que você sobe e desce todos os dias. O mundo é Joselito. Sem noção.