segunda-feira, março 31, 2003
Batidas na porta da frente
É o tempo
Eu penso um pouquinho pra ter argumento
Mas fico sem jeito, calado
Ele ri
Ele zomba do quanto eu chorei
Porque sabe passar, e eu não sei
Num dia azul de verão, sinto o vento
Há folhas no meu coração,
É o tempo
Recordo o amor que perdi
Ele ri
Diz que somos iguais, se eu notei
Pois não sabe ficar, e eu também não sei
E gira em volta de mim
Sussurra que apaga os caminhos
Que amores terminam no escuro sozinhos...
Respondo que ele aprisiona, eu liberto
Que ele adormece as paixões, eu desperto
E o tempo se rói, com inveja de mim
Me vigia querendo aprender
Como morro de amor pra tentar reviver
Resposta ao tempo
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