(CONTINUAÇÃO)
"Sabia que tinha que ligar. Que tinha que telefonar para alguém. Os dedos discaram sozinhos o telefone da casa dele. Falaria com o ex-futuro sogro. O homem que havia criado o único filho sozinho, e ainda assim não havia conseguido o seu amor.
Recebeu o abraço daquele homem que sempre a quisera tão bem. E então ele disse algo que a fez achar novamente que tudo aquilo não podia ser real. Ele começou a falar “agora que ele estava tão feliz com você, que vocês iam se casar”. Como, se ele sabia que eles tinham terminado?
Nas horas que se seguiram, ela perceberia que a cena se repetiria com a sua família, os amigos mais próximos. Todos se comportavam como se o rompimento não houvesse existido. Ela era a viúva oficial. E, o que era pior... na sua cabeça, havia dois tipos de lembrança convivendo. Uma, na qual ele tinha terminado com ela. Na outra, eles continuavam juntos e faziam os mesmos planos de meses atrás. Ela se lembrava de coisas que não haviam acontecido porque eles já tinha terminado como se houvessem ocorrido. Ela estava enlouquecendo. E o mundo todo também."
(CONTINUA...)