IBITIPOCA PARTE III - ACORDANDO EM IBITIPOCA
O café da manhã
Não foi às 7 como Vivi Vermelha queria, mas às 8h do primeiro dia já estávamos de pé. Como no moquifo onde fiquei não serviam café da manhã, tinha ficado combinado com a dona da pousada onde Pentel ficou que eu tomaria café lá todos os dias. Então fui eu, toda pimpona, fazer a refeição mais importante do dia na tal pousada. Lá chegando, esperava encontrar uma mesa com as comidas, como em geral era nas pousadas que serviam café onde eu já fiquei em outras viagens, mas não vi mesa nenhuma. Perguntei qual era o esquema para a tiazinha que estava servindo, se havia alguma mesa (talvez eu ainda estivesse dormindo e não vendo...), se eles serviam...
- A gente até serve, mas hoje vai ser difícil porque eu estou servindo os hóspedes.
Fiquei paralisada olhando para ela e devo ter feito uma cara tão chocada que ela emendou:
- Mas eu posso trazer alguma coisa para você... pode ser um queijo quente e um café com leite?
Lógico. Ela podia me jogar até alguns ossos e pedaços de bofe que eu estava aceitando.
A pessoa não gostou mesmo de mim. Quando Cunhado chegou, me passou uma xícara que estava na mesa dele, porque eu tinha pedido uma colher e ele acabou pegando o conjunto todo. A moça avançou em mim feito uma loba-guará:
- Esta xícara é da outra mesa.
E colocou de volta lá.
Aprendam com a tia Rena: nem todo mineiro é hospitaleiro.
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