O dia em que a Dicorp parou
A melhor gargalhada que eu dei nos últimos tempos foi graças à minha mãe que disse assim, como se não fosse nada, que a Dicorp do Jardim Botânico fechou.
A Dicorp é a clínica de estética onde eu fiz a minha famigerada depilação a laser.
Famigerada porque eles atraem os clientes com uma "promoção" de três sessões de aplicação de laser, um pacote. Quando você chega lá, eles esclarecem que dificilmente os pêlos sumirão com apenas três sessões. Mas que isso pode acontecer. E, se não acontecer, quatro ou cinco darão conta do problema. Falam das maravilhas de se livrar dos pêlos e, quando você vê, está assinando o contrato dos infernos.
A partir daí, o processo é infindo. Depois de seis sessões, você descobre que ainda tem (muitos) pêlos. Eles diminuíram, é verdade, demoram mais a crescer, é bem verdade, mas ainda estão lá. Você está longe da sonhada axila pelada e os médicos começam a pintar um prognóstico ruim.
Aí, você descobre com um amigo médico que tem um aparelho de laser desses que ninguém fica sem pêlos antes de QUINZE sessões. Eu disse quinze sessões.
E o problema de fazer quinze sessões não é o pequeno incômodo causado pelo disparo que parece uma ponta de cigarro na sua pele. Nem ter que ir até lá quinze vezes. O problema é que cada sessão custa 300 reais. Na promoção. E também que eles nem de longe avisam isso quando você começa o tratamento.
Depois de seis sessões e de gastar uma fortuna, eu sumi da Dicorp, apesar dos apelos das educadíssimas atendentes que insistiam em me ligar. Não tive paciência para entrar em defesa do consumidor ou coisa assim.
Mas meu santo é forte. E praga de puta, Deus escuta, como diz
Ana 3x4 Colorido Paula.
A clínica sexta-feira fechou, por falta de alvará e licença no Conselho Regional de Medicina para funcionar. Parece que a da Barra também pode fechar.
Eles vão acabar reabrindo, mas antes vão ter prejuízo, dor de cabeça...
Bem-feito. Cuidado aer as pessoas (físicas e jurídicas) que me aborrecem. Fez comigo, paga, mais cedo ou mais tarde.