Brindes Quando estávamos quase indo embora, saindo de fino, uma mulher nervosa começa a berrar no microfone:
- Gente, o sorteio! Eu estava esquecendo o sorteio!
Sorteio? Quando? Onde? Por quê? É bonito aqui?
- Éeee! O sorteio!
Mas como eu vou participar de um sorteio se eu não recebi nenhum número de sorteio?
- Cada um veja o número da sua mesa!
Não havia nenhum número nas mesas. Todos protestam. A mulher fica ainda mais nervosa.
- Ai, meu Deus!
Ela parecia aquele urso do desenho, que corre de um lado para outro sem saber o que fazer.
Finalmente, os garçons informam os números das mesas. A mulher pede para que todos façam papeizinhos com os números. Ninguém se mexe. Até porque ela não menciona O QUE será sorteado.
As pessoas começam a ganhar os brindes.
Um mês de tai-chi-chuan em uma academia X.
Um mês de teatro em um local Y.
Eu viro para Musa do Câncer, em pânico, e digo:
- Vamos embora. A gente pode ganhar alguma coisa.
When you came in the air went out/
And every shadow filled up with doubt/
I don't know who you think you are/
But before the night is through/
I wanna do bad things with you/
I'm the kind to sit up in his room/
Heart sick an' eyes filled up with blue/
I don't know what you've done to me/
But I know this much is true:/
I wanna do bad things with you...
("Bad things" - True Blood)