A falta de cavalheirismo...
Estava eu no metrô abraçada com um ferro, jogada como eu sempre fico, quando parou um brutamontes engravatado do meu lado. Quando vagou um lugar na nossa frente, ambos poderíamos sentar (estávamos em posições equimerdantes em relação ao banco), mas ele se adiantou e, no melhor estilo "sou maior que você, se ferrou, pista", passou na minha frente e sentou.
Tá que eu não sou ainda uma velhinha, nem pareço grávida (graças a Deus) e muito menos deficiente (mais graças a Deus ainda), mas, por mil cacetes voadores... alguém precisa contar pros rapazes que ainda é bonito homem ser gentil!
... e o cavalheiro incondicional
Voltando do almoço, vi que um velhinho de cabeça branca, uma sonda no nariz, com roupa de paciente e andando com dificuldade, fez questão de esperar uns segundos até eu passar por uma porta, apenas para segurá-la para mim. Com uma expressão de satisfação por ter a oportunidade de ser cavalheiro. A acompanhante dele - parecia filha - sorriu com ternura ante o gesto de gentileza do pai. Que, doente e fraco, é na sua simplicidade mais elegante que o engravatado do metrô.