Taxista péla-saco
Ele não foi dos piores que eu já peguei, mas ficará guardado em meu coração como um chato. Uma pessoa chata de raiz. Que deve pagar tributo ao deus pentelhal.
Assim que eu entrei no táxi, disse:
- Oi, nós vamos para a Rua Dr. Satamini, logo no início.
Aí, ele me perguntou se eu preferia que ele fosse pela Heitor Beltrão ou pela Haddock Lobo. Preferi o segundo caminho, porque é o que eu mais gosto mesmo. Os dois caminhos se equimerdam em termos de distância.
Ni qui estávamos na Haddock Lobo, ele pergunta se é para virar na Professor Gabizo.
- Não... Espera passar a igreja e eu digo onde virar.
Ao que o grande mala protesta:
- Você disse que era na Satamini no início. Mas então não é! É na Satamini no final.
- Ah, não é não? Então tá.
Eu lá vou discutir com o taxista? Deixa ele pensar do jeito que a mente doentia dele quiser. Aí ele explica:
- É que você está pensando na mão do trânsito. Eu estou pensando na numeração.
Ai, meu São Caetano, padroeiro dos taxistas! Dei um sorriso amarelo e deixei a corrida prosseguir. Quando chegamos, ele ainda disse:
- O outro caminho teria sido mais rápido...
E pôs-se a explicar o porquê.
Ainda bem que o trajeto foi curto.