Explode, coração!
Estava eu saindo feliz e saltitante do metrô da Praça Saens Peña, no qui avisto um grupo de ciganas maltrapilhas abordando as pobres pessoas.
Imediatamente, pensei:
- Oba, ciganas! Uma delas vai ler a minha mão e quem sabe elas não vêem um moreno na minha vida... ou um loiro... ou qualquer coisa. Elas sempre vêem homem e sempre coisa boa, que é pra gente pagar satisfeita. Eu vi isso naquela novela. Adoro uma vidente!
Passei por elas ilesa. Nenhuma me abordou, é claro. Só teriam me abordado se eu tivesse pensado:
- Ciganas! Ai, meu Deus do céu da Penha, elas vão me pegar pra ler a mão!
O mais engraçado foi que uma delas tentou capturar uma senhora que respondeu:
- Não! Eu sou da igreja!
Eu devia ter avisado a ela que perigosa era eu, que devo ser meio demônio que nem aquela moça do livro.