"A festa era estranha, com gente esquisita. A casa era grande, antiga, nem caindo aos pedaços, nem tão bem cuidada assim. Havia um segundo andar onde os convidados estavam proibidos de entrar. Havia alguma coisa preciosa e perigosa lá dentro. A conversa, obviamente, girava sobre o que seria.
Ela olhou para um lado e para outro e percebeu que todos estavam distraídos com seus drinques e petiscos - que, verdade seja dita, estavam maravilhosos. Era o momento perfeito para usar um de seus poderes preferidos e levitar até a janela do tal andar de cima.
Ela fez isso e, como previu, ninguém notou. Foi rápida, também. Quando teve acesso ao pavimento, seu coração disparou. Havia várias portas e, em cada uma delas, uma descrição.
Parou em frente a uma que dizia apenas 'PIOR PORTA'. Só faltava a inscrição 'não abra' para ficar mais atraente ainda.
Abriu.
Em apenas um segundo, ouviu um grito agudo vindo lá de dentro, um braço comprido e delgado precipitou-se para fora, tentando sair, agarrá-la ou qualquer coisa que ela não teve tempo de compreender, pois bateu a porta e correu dali.
Correu do andar, correu da festa e teria corrido do planeta, se fosse possível e ela tivesse comprado a maldita passagem no ônibus espacial.
No dia seguinte, passando por aquela mesma rua, viu, não sem muito espanto, que a casa tinha desabado."
Que porta é essa que eu tenho em abrir para que a casa velha desmorone?