AVENTURAS PARATYNENSES - ÚLTIMA PARTE
Quarto dia
O final da história vocês já sabem. Bom, ao menos uma parte. Este foi o dia em que compramos os malabares, o dia que acabou em pizza... e vinho. Um dia em que eu tinha me prometido não comer mais nada e que ainda assim foi finalizado com quatro pedaços de pizza... e música ao vivo, claro - só que dessa vez com couvert a 2 reais, pechincha, ui.
Pela manhã, fomos a Trindade, um local com praias lindas. Mas nesse dia a frente fria finalmente chegou e então nem colocamos as patinhas na água. Trindade é um lugar que fica no caminho para Ubachuva, que não tem esse nome à toa. Foi só pegarmos a estrada de volta para Paraty que o sol abriu que foi uma beleza. Deu até raiva.
Diversão à parte durante a pizza da noite foi o rateio das coisas do Ney, o dono da pousada. Explica-se: o cara era o mais relaxado do mundo com a própria casa, deu uma chave para cada uma de nós e nunca estava lá quando chegávamos. Inclusive um dia, quando voltamos para casa de noite e tínhamos esquecido a chave, tivemos que pular a janela – que, aliás, estava aberta. De modo que pensamos que seria fácil encostar um caminhão e levar tudo ali, e então cada uma escolheu o objeto que queria. Ele tem uma onça de madeira de que eu ia gostar. E um fax. Eu não tenho fax em casa. Anh... e o Zulupen, claro.
Ana Pôla ia ficar com a mesa de televisão, de madeira, rústica. Âmbar queria o jogo de xadrez de pedra e Moça do Sacolé cobiçou o sofá e o computador. Pensando bem, a gente não ia fazer um estrago assim tão grande. Íamos deixar a maioria dos móveis.
Quinto e último dia – pé na estrada
Acabou-se o que era doce, sorvete, pizza, bobó de camarão, estrogonofe... domingo foi o dia de montarmos no porco e voltarmos para o Rio. Cheguei três horas e meia depois em casa, sã, salva e nem se eu tivesse mesmo roubado as coisas do Ney estaria mais carregada: portava uma bolsa a mais com todas as minhas compras e até uma orquídea que levei de presente para mami. Parecia o frigoburro, animal que levava no lombo as bebidas para os turistas durante o caminho do ouro (que nós não fizemos).
Um gentil porqueiro me ajudou a subir com toda a tralha. E logo eu estava em casa linda, loira e obesa, já sonhando com o filme que eu veria mais tarde no cinema.