AVENTURAS PARATYNENSES – PARTE I
Como tudo começou
Eu queria viajar nas férias para algum lugar que não fosse Massambaba. Ainda que fosse apenas por alguns dias, mas a idéia era conhecer um lugar novo ou ao menos fazer algo diferente. Como
Ana Pôla estava de férias também, combinamos de fazer isso juntas.
Procurávamos pousadas, albergues, algum canto para se encostar em algum lugar, qualquer merda... quando duas amigas da Ana disseram que estavam indo para o festival literário de Paraty e perguntaram se ela não queria ir.
Craro, Creide! Fui na aba total. Alah pendurou no meu pescoço uma sorte muito feliz com essas coisas de viagem. Eu odeio organizar, ver preços das coisas, telefonar para me informar, pesquisar maneiras de ir... e sempre acaba aparecendo alguém para fazer isso por mim. No caso de Paraty, já estava tudo visto. O contato com a pousada já tinha sido feito, tinha carona, pessoas com carro garantindo a locomoção por lá... eu só tinha que arrumar as malas e soltar a grana. Nem sopa de minhoca é mais mole que isso.
A viagem de ida
A vantagem de viajar para uma direção que você nunca vai é que tudo no caminho fica interessante: dos locais bizarros e distantes onde as pessoas realmente moram que a gente vai vendo (Santíssimo... Paciência...) até um parque tosco chamado Albanoel. O deputado Albano Reis, que adotou Papai Noel como alter-ego, construiu um parque com motivos natalinos no meio do nada. As tosquices do Beto Carrero World perdem.
Comida, Abel
Claro que havia uns superbiscoitos para beliscarmos durante a viagem. Âmbar Pessoa Legal, uma das amigas da Ana, apressou-se em dizer que eu era magrinha.
- A Fernanda pode comer à vontade. Ela é magrinha.
Ah, tá. Só por causa disso, engordei dois quilos na viagem. Viu, viu?
A chegada
Ao chegarmos em Paraty, as instruções do pousadeiro eram, em primeiro lugar, “cortarmos o bairro”. Uma coisa poderosa cortar um bairro! Eu gostei. Tudo bem que para cortar o tal do bairro a gente tinha que percorrer uns 100 metros.
Depois de nos perdermos um pouquinho (básico), chegamos na pousada onde ficaríamos. O Pouso das Saíras, ou “Pousada do Ney”, que é como deveria se chamar, ficava no meio de um mato que dava medo! Mas nós, intrépidas, nos aventuramos e percebemos que a casa em si não era tão ruim. Depois que entramos, percebemos que era, sim, muito boa para o preço que estávamos pagando. Eu pensei de ter fantasmas no quarto ou coisa do gênero para justificar a pechincha e o fato de nós quatro sermos as únicas hóspedes. Brrr!
(CONTINUA!)