Encontros
Estava eu saindo toda toda da faculdade, ni qui eu encontro quem, quem, quem? Ele, o Cunhado sem Loção. Às 10h da noite, no Centro da cidade. Se tivéssemos combinado, não teríamos nos encontrado tão direitinho.
Ao vê-lo, eu sorrio, feliz:
- Oooooi! - empolgada.
Ele me cumprimenta e tal, mas eu sinto que há algo errado. Após duas ou três palavras cordiais, ele não se contém e pergunta:
- O fato da gente ter se encontrado aqui não significa que eu vou ter que te dar uma carona até a Tijuca não, né?
! De onde ele tirou isso?
- Não... eu vou de metrô.
Eu não tinha nem pensado nisso!
Ele se justifica:
- Eu fico com pena, mas sabe como é, está tarde, eu estou cansado...
OK, eu juro que entendo. Claro que fiquei traumatizada achando que eu tenho a palavra "carona" piscando em neon na testa e olhos de cachorro pidão.
Thyrso é que ficou chocado. Ele é o último cavalheiro do mundo, aquele que vai andando até o metrô comigo e depois caminha tudo de volta pra pegar o ônibus dele, só para não me deixar andando sozinha de noite. Sorte a minha.