Para quando ele se for
Rato Morto esperava pela hora do almoço na minha sala. Sei lá se era pela fome, ele estartou um papo surreal sobre como ele queria que fosse o enterro dele.
- Quero um enterro viking. Quero ser cremado em uma fogueira gigante no meu quintal, com meus cachorros pulando e pessoas dançando e bebendo vinho em volta.
Ele pensa um pouco.
- Acho que meus cachorros vão pular na fogueira, porque eles me amam.
Ao menos, ele não ia se sentir sozinho lá. Figura. Mas tinha mais.
- Estou fazendo uma lista com nome e telefone de pessoas que eu quero que sejam convidadas pro meu enterro. Porque tem muita gente que eu conheço e meus pais não conhecem. Já pensou, se não tiver essa lista, eu vou morrer e um monte de amigos meus nem ficarão sabendo.
Pior é que isso faz algum sentido.