domingo, setembro 14, 2003
Aqui nessa casa ninguém quer a sua boa educação.
Nos dias que tem comida, comemos comida com a mão.
E quando a polícia, a doença, a distância ou alguma discussão
Nos separam de um irmão,
Sentimos que nunca acaba de caber mais dor no coração.
Mas não choramos à toa,
Não choramos à toa.
Aqui nessa tribo ninguém quer a sua catequização.
Falamos a sua língua mas não entendemos seu sermão.
Nós rimos alto, bebemos e falamos palavrão
Mas não sorrimos à toa.
Não sorrimos à toa.
Volte para o seu lar,
Volte para lá
Odeio gente vaselina. Odeio pessoas que são boazinhas. Que são legaizinhas. Que fazem questão de ser gente boa com todo mundo, só para agradar a todos. Para que todos sejam seus amigos, porque essas pessoas querem ter um milhão de amigos e bem mais forte poder cantar. Gente hipócrita, sem personalidade, sem opinião, sem vida. Gente insossa. Sem sal, sem açúcar, sem interesse, de beleza fácil, triste e sem brilho. Gente fadada ao destino inexorável dos medíocres: o esquecimento.
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