POST MEIO DIARINHO
Traição: sábado também é dia de Matriz
Rascunho do mapa do inferno. Portal do horror. Habitat natural do demônio. Assim estava a tal festa anos 80 que rolou na Cobal no sábado. Como eu fui parar lá? Minnie Nome Triplo, mais perdida que ator de novela das oito em tiroteio, me chamou para uma festa da turma dela da faculdade. Juro por Deus. Quando cheguei lá, era um evento badaladíssimo, que tinha até saído no Rio Show.
Eu poderia até ficar animada, mas a fauna local estava de doer. Gente mal vestida, com cabelos coloridos ensebados, camisetas de banda de rock e correntes amarradas na cintura. Ah, não, eu não mereço levar o meu batom novinho e meu cabelo tratado a shampoo francês pra passear num lugar desses. Dez minutos na porta do evento e eu só conseguia pensar em duas coisas: ma... triz. Tá que não é o lugar mais chique do mundo, mas ao menos eu já estou acostumada e, por incrível que pareça, as pessoas são mais ajeitadinhas.
Corremos para lá imediatamente. Depois de um copo de vinho, eu já estava feliz e entoando altos papos com
Ana Pôla. Conversa animada interrompida por dois manés grau 10 que vieram cantar a gente. Não perceberam que tínhamos acabado de chegar e que estávamos fofocando? Que desagradável. Mandamos voltarem mais tarde. Não voltaram. Dormi na pia essa noite por causa disso.
Meu amigo, o lixo
Dançamos muitas musiquinhas legais, é bom ouvir música em inglês pra variar. Ana finalmente acredita que Matriz também é legal no sábado.
Eu, como sempre, encostada na lata de lixo. Sempre danço perto de algum lixo.
Rola uma identificação.