Pessoas que me amam
Ontem teve aquele temporal que derrubou árvores, casas, pessoas, cachorros, coelhor, doninhas.... estava assustador e eu saí na PIOR HORA. Naquela hora em que despencou a chuva, em que ventava tanto que guarda-chuva não dava pra abrir e o jeito era encarar o aguaceiro. Achei que uma árvore fosse cair na minha cabeça ou que eu fosse morrer eletrocutada. Quando meti a mão na porta para sair do hospital, as pessoas lá dentro começaram a gritar, histéricas:
- Não sai! Não sai!
Mas eu saí, porque sou antes de tudo uma forte. E porque tinha prova de Sociologia Geral e não ia fazer segunda chamada nem por um cacete de cristal.
Entrei na sala pra fazer a prova e esqueci da vida até quase 20h30, quando saí de lá. Chequei o celular e tinha uma ligação da Pentel, pra saber se eu estava bem. Logo depois, Papai Joselito também ligou. Suave Veneno, hoje, disse que tentou falar comigo, apesar de não ter deixado recado, e que ficou preocupada porque eu não atendi. Até Pinky, pobrezinha, mobilizou-se: disse que, quando me viu sair correndo pela rua (louca, desvairada, debaixo da chuva, me atirando embaixo do primeiro santo táxi que passou), ainda foi atrás, pra me segurar, dizer pra eu não ir, mas que não conseguiu me alcançar.
Todos me amam. E sabem que eu sou trololó o suficiente pra enfrentar o pé-d´água.