Tapete de ouro
Pentel e Cunhado sem Loção tinham em casa um tapete de pele de carneiro que haviam comprado no Sul. Na época, o mimo deve ter custado uns 50 reais. Quando chegou, era uma graça. Fofinho, me lembro de ter querido me jogar em cima dele a primeira vez que vi. Aliás, acho até que me joguei mesmo. Mas, como tudo passa, tudo passará, o tapete ficou sujo e velho depois de um tempo. E, há alguns dias, Pentel e Cunhado sem Loção resolveram que a missão dele na casa havia acabado... que já era hora de atirá-lo no poço de piche. Antes de mandarem o pobre para o céu dos tapetes, porém, eles iam fazer uma tentativa: como iam entregar algumas roupas para o pai do Sem Loção para ele colocar para lavar em uma lavanderia para a qual ele sempre leva as coisas mais difíceis, resolveram mandar também o tapete. Vai que tivesse jeito.
Alguns dias depois... o pai de Cunhado avisa que a lavanderia não lavava aquele tipo de material.
Muitos outros dias depois... pai de Cunhado telefona para ele:
- Achei uma lavanderia que lava o tapete!
Cunhado, que já tinha completamente deletado aquela história, reagiu:
- Que tapete?
O pai explica, pacientemente:
- O tapete, filho... o de carneiro.
- Ah...
Na verdade, não era necessário procurar. E então, o pai de Cunhado manda a bomba:
- O serviço vai custar 350 reais.
- Quêeee??? – Cunhado, quase enfartado.
Dava para comprar todo um rebanho pra fazer uma matança e fabricar vários tapetes de pele de carneiro!