Barraqueira (ou "infernizando a vida da atendente indolente")
Almoço feliz no Kilograna, mega confraternização entre euzinha, Suave Veneno, Rato Morto, Menina do Rouge e
Ana Pôla. Depois de enchermos a pança com todos aqueles quitutes cobrados a peso de ouro, chega a hora de pagar. O troco do meu tíquete comida deu míseros 67 centavos, que a tiazinha tratou de colocar em um vale.
Pobreza pouca é bobagem! 67 centavos e neguim não dá troco, dá vale. E olha que é em restaurante bem mais caro que a média do local. Quanto mais rico, mais pão-duro, impressionante. Mas tudo bem, eu ia aceitar a situação porque não costumo criar caso por pouca coisa, só que aí... ni qui eu olho pro lado e vejo que Ana está recebendo o troco em dinheiro.
Grande erro.
- Moça, quero meu troco em dinheiro também. Ela aqui do lado recebeu, ó.
Ao que a tiazinha sorriu, e continuou escrevendo o meu vale.
Ohhhhhhh, coitada! Ela pensou que eu estivesse brincando. Pícara sonhadora.
- Olha, eu REALMENTE quero o meu troco em dinheiro, estou falando sério.
Ao que a INDOLENTE ensaia discutir comigo:
- O dela foi troco de menos de 50 centavos.
A não ser que moedas de 50 centavos sejam agora verdes, retangulares e em papel, o troco foi de um real. Aí ela continua tentando argumentar:
- Ela deve ter completado o valor do vale em dinheiro.
Cansou a minha beleza.
- Eu... quero... meu troco... em dinheiro. Se você não quiser me dar, chama o gerente.
Finalmente, a mulher tirou as porcarias das moedas e me deu.
Vou jogar todas no poço dos desejos e pedir pra que ela faça a escova progressiva e o cabelo caia todinho.