O mundo gira em torno dos pélas
O povo lá do trabalho foi atingido pelo vírus da péla-saquice. Sempre, na páscoa, a gente faz um amigo oculto de ovos, carinhosamente apelidado de OVO OCULTO. Como a brincadeira é feita HÁ ANOS, agora perdeu um pouco a graça. Ano passado, na hora da troca de ovos, ninguém prestou atenção direito. É uma chatice mesmo. Cada um dá três opções, já sabe que vai ganhar uma das três mesmo... enfim, um jogo da terceira idade, direto da ilha quadrada.
Aí, eu resolvi sugerir (por que eu ainda tento sugerir algo aos pélas? eu não aprendo nunca) da gente fazer um troço diferente, nos moldes do que fizemos no Natal. Cada um compraria um ovo qualquer, limitaríamos apenas as marcas pra não aparecerem ovos Pan e outras bizarrices do gênero. O sorteio dos nomes seria feito no dia da entrega e, à medida em que fossem sendo sorteadas, as pessoas iam pegando um ovo da pilha, até acabar. Pra ficar mais emocionante, tem um esquema da pessoa poder pegar um da pilha ou roubar de alguém que já pegou (e esse alguém teria que pegar outro da pilha), mas essa segunda parte nem precisava ter. Queria pelo menos evitar burocracia de sorteio, lista de presentes, nenhuma surpresa etc e tal.
Quando propus isso, os maléticos começaram "ahhhh, não, mas tem gente que não gosta de todos os chocolates e pode sair insatisfeito" e bla bla bla nos meus ouvidos. Caralhos ao leite! Se o objetivo é cada um ganhar exataNente o ovo que quer, não precisa da brincadeira: vai lá no supermercado, escolhe um, compra de si para si mesmo e resolve o problema.
Acaba que teremos mais uma vez o ovo oculto sacal (expressão altamente sujeita a trocadilhos infames). Só participei pra não ser a mais anti-social de todas. O sorteio foi feito via e-mail, naqueles programas de amigo oculto. Recebi o nome de quem eu tirei e as opções dele (que até já esqueci) também via e-mail.
No dia da entrega, acho que todos vamos fazer o download dos nossos ovos e imprimi-los na laser colorida.