SAMPA II
O curso transcorreu sem maiores sustos no primeiro dia. O povo de outros estados (tinha matogrossense, acreano, cearense, enfim, gente de vários estados que eu pensava que ninguém realmente habitasse) estava aflicetado pra sair à noite (ir ao shopping, mais precisamente), mas eu dispensei. Só queria saber de dormir, passei das 18h às 21h em estado letárgico. Acordei pra ver a novela e depois fiquei in até a uma da manhã, descobrindo bizarrices na TV.
Segundo dia
Na hora do almoço do segundo dia, comi em meia hora e me sobrou mais meia. A paulista que fazia curso junto comigo propôs da gente dar uma andada na rua, pra passar o tempo. Que imensa tola eu sou. Não se anda na rua pra passar o tempo impunemente em São Paulo. Voltei para o hotel com duas blusas (uma delas adquirida por apenas 26 pães fofinhos) e dois esmaltes (esmaltes leeendos de embalagem de ursinho, que custaram um pão fofinho cada um). Passei por uma loja de couro e quase tive convulsões - nao podia entrar, porque já estava em cima da hora da aula recomeçar. Foi horrível, as jaquetas na vitrine sorriam e chamavam meu nome. Nunca mais esquecerei essa sensação.
Agora sim, os gatinhos
São Paulo tem homem bonito, sim! Nesse segundo dia, na rua, finalmente vi os gatinhos que nao vi no aeroporto. Naturalmente, de nada me adiantou, já que a sanha consumista me tirou quase completamente a atenção.
Comida, só que Joselita
Depois do almoço, fiquei pouco tempo - saí mais cedo do curso porque tinha uma prova às 19h no Rio. Antes de eu ir embora, as representantes de Brasília me deram um chocolate Joselito. Era feito um buquê com vários bombons. Aí, uma delas tirou um bombom e me deu. Ele vinha espetado em um cabo de madeira, imitando um cabo de flor. Descobri mais tarde, esperando o avião, que aquilo era, na verdade, um teste de paciência zen-budista-yóguica-chinesa: precisava quase de um maçarico pra eu conseguir tirar a embalagem plástica e o bombom da tal haste de madeira. Quando consegui, o chocolate era ruim. Sensacional, eu não faria melhor. Mas valeu a intenção e tal. Espero que ninguém tenha tido dor de barriga.
A volta
Já devidamente embarcada, a sem loçãozice final: o avião demorou 40 minutos pra sair do lugar. Bom, né? Significou que o horário em que eu planejava estar chegando no Rio, na verdade, foi o horário no qual eu decolei. É o preço de viajar pela Viação Aérea Sem Pressa. A sorte é que tinha alguma folga nos meus planos e eu cheguei na sala às 19h03. Em cima. Bem a tempo de atropelar a prova de português.
Espero amanhã atropelar as de Penal e TGE.