O chamado
Ontem eu achei de ver um filminho light na TV, coisa pouca, bom pra quem está convalescendo: O Chamado. Bom filme (é nessa parte que vão aparecer aquelas pessoas dizendo que o filme tem um monte de buracos, que não faz sentido e tal. OK, cabeçada, mas, ainda assim, gostei, me divertiu, vamos pular essa parte que eu já assimilei). Gostei de ver a menininha saindo da televisão. Ela ia vindo, vindo e depois saindo, saindo e eu falando sozinha aqui:
- Ih... maluco... maluco... MALUCO!!!
E isso acontece depois que a gente pensa que o filme vai terminar todo Hello Kitty, que era só a mulher desvendar o segredo lá da Vandinha Adams e pronto. Ledo engano, pícaros! Sacaneou todo mundo! Gosto dessas coisas. Me fazem feliz.
Tudo seria um mar de doce de leite cremoso Itambé se eu, Maria da Glória, não fosse altamente impressionável com qualquer terrorzinho. Quando eu era criança, eu tinha quase tanto medo do HellRaiser quanto tinha do Ronnie Von e da Angela Ro Ro, que eu pensava que fossem o Hulk e a Cuca, respectivamente. E isso porque eu vi um intervalo do filme no Sbesteira. Achava um absurdo eles passarem o comercial assim, sem avisar antes. Imagina se eu fosse cardíaca. Agora, que sou uma pessoa já de idade, assisto o filme inteiro bravamente, mas depois durmo de luz acesa.
Passei a noite achando que a televisão ia ligar sozinha e sonhando com morte, pessoas me perseguindo. Às 6h, Papai Joselito entrou no meu quarto pra fechar a janela (ainda por cima, aqui em casa venta que é um espetáculo, e ainda faz aquele barulhinho bom de filme de terror) e estranhou a luz. Quando fez menção de apagar, dei um berro:
- DEIXA ACESA, DEIXA ACESA!
Pior é que se a morta resolvesse sair de dentro da TV, eu não podia nem correr.