Viagem pós-gesso
Final de semana com a família feliz Joselita no solar massambabesco. Também foram Toda Fashion e Holandês Voador, não tão felizes porque estavam os dois podros de uma comida estragada que tinham devorado na noite anterior (comeram queijo brie em um restaurante que estava sem luz havia muitas horas...muito bem, flipers) e também as cãs preciosas Samantha e Tutti, lindas, coabitando o mesmo espaço, caminhando e se estranhando e seguindo a canção.
Toda Fashion, ainda sob o efeito de queijo estragado, embaixo de um cobertor (o solar estava meio frio esse fim de semana), ao ouvir a música do Claudinho e Buchecha que Adriana Calcanhoto estava cantando, perguntou:
- Qual deles morreu mesmo?
Eu: - O Claudinho. É sempre o primeiro nome que morre. Leandro e Leonardo, João Paulo e Daniel, Claudinho e Buchecha...
Toda: - Ah... eu gostava deles. Agora o Buchecha não faz mais nada?
Eu: - Faz... ele ainda canta.
Toda: - Mas a dupla acabou, né?
...
Depois ela mesma se tocou da bobagem que tinha dito, mas perdeu, prayboy, sair com dono de blog dá nisso. TUDO vai parar no blog.
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Toda Fashion estava tão mal que Pentel catou um termômetro pra ver se ela estava com febre. Ela colocou o termômetro na boca. Como a Família Joselita põe o termômetro debaixo do braço e repara em tudo, nos manifestamos logo:
- Ih, ela põe o termômetro da boca.
- É, na boca também serve.
- Tem gente que coloca em outros lugares...
Silêncio sepulcral. Alguém se lembra de dizer:
- Mas não esse! Esse termômetro não foi colocado nesses “outros lugares”.
Ah, bom.
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Pentel, aliás, dando vazão à sanha gastronômica que os hormônios estão proporcionando a ela, atacou uma caixa de bombons que dava mole em cima da mesa. Prudentemente, cheguei um pouco pro lado quando ela disse:
- Sai, eu tenho prioridade.
Tá certo. Ela analisou a caixa:
- Hum... deixa ver. Shot! Eu gosto de Shot e só tem um. É meu.
Certo again. Dali a uns minutos, dou uma olhada na caixa de bombom e vejo o Shot lá, aberto. Ela comeu MEIO SHOT. Que tipo de pessoa come meio bombom? A mesma que come meio chuvisco. E ainda dizem que é minha irmã. Nessa hora né não! Eu como, no mínimo, meia caixa de bombom. E meio pote de chuvisco.
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Papai Joselito, mais Joselito do que nunca, colocou um daqueles trocinhos de água pros beija-flores (se alguém sabe qual é o plural correto de beija-flor, me corrija. Não estou a fim de acordar Bruno e Marrone a essa hora pra eles me dizerem). Como até os pássaros que nos rodeiam são bizarros, um deles resolveu que a água era só dele e dava um sacode em todos os outros passarinhos que se aproximavam. Papai, revoltado, disse:
- Que absurdo! Se eu tivesse aqui uma coisa qualquer, matava ele.
Coisa qualquer? O quê, uma arma? Um estilingue? Tentei explicar pra ele que isso não era motivo pra matar o pobre, mas no dia seguinte ele ainda perseguia o passarinho com uma vara de bambu.
Até eu sair de lá, o bicho ainda estava vivo. Amanhã, eu não garanto.