Bichinhos
O exterminador de barangas, definitivamente, não desiste de mim. Mas eu resisto, sou uma brava. Vai ver, esse é o meu ano. Ano que vem ele pode querer outra baranga.
Depois de ser mal sucedido com o ataque de uma bicicleta e de um piercing podro, agora ele resolveu pegar pesado e atacar de forma assim, digamos... invisível a olho nu. E taca bichinhos nas minhas amígdalas.
Notem que, se eu vivesse há alguns séculos, provavelmente estaria morta. Ontem eu resolvi sucumbir e ir ao alopata, já que a homeopatia não estava dando vazão. E ele foi taxativo: eu tinha um abscesso. Tomei uma injeção de antiinflamatório ali mesmo e saí com uma receita de dois remédios pra dor e um antibiótico potente (e caro: cada comprimido custa uns 7 reais).
Que maravilha. No fim de semana, os meus estreptococos devem ter rido do meu sofrimento e feito um banquete com cada papelzinho de remédio homeopático que eu ingeria. Deve ter sido a festa da glicose.
Quando saí do médico, ele ainda disse que, se eu não estivesse me sentindo melhor hoje, eu teria que fazer uma drenagem cirúrgica. E que, depois que tudo isso acabar, eu tenho que retirar as amígdalas.
É rod mariola! Nenhum dotô por mais bonzinho que seja vai me sangrar! Estou completamente fora. Eu corro até de arrancar os sisos! Pé de pato mangalô treiz veiz!
No fim, saí viva. Melhorei, até segunda ordem, nada de drenagem. Não foi dessa vez, Terminator.