Símbolos dos infernos
Ontem fui num lugar improvável, a Baronetti. Baronetti, o mito, o lugar de onde as pessoas saem sujas de sangue. Acabei me divertindo, como me divirto em quase qualquer lugar para onde vou. Meu problema mesmo continua sendo os banheiros.
É provável que eu passe a ter que carregar comigo meu próprio penico, porque a coisa está ficando cada vez pior. O banheiro da Baronetti ganhou em matéria de ilegibilidade em relação a ser feminino ou masculino. Uma amiga nossa quase entrou no banheiro masculino. Já eu, não. Eu entrei mesmo. Olhei os malditos símbolos na porta e vi uma menininha e um menininho, aquelas figuras ridículas, uma com sainha e outra sem. Entrei no banheiro da com sainha. Quando percebi que tinha homem lá dentro, saí e levei alguns segundos pra entender qual era o problema. O símbolo da menininha tinha uma faixa vermelha de proibido em cima. Entenderam? Proibido mulheres. E, no de homem, proibido homens.
Com mil moscas azuis de banheiro! A pessoa tem que fazer uma série de intricados cálculos mentais até conseguir descobrir que porta é a sua. Bruno e Marrone, meus dois neurônios, não conseguem isso depois de algumas cervejas, coitados.
Entrei no banheiro feminino, então, o de “proibido homens” e... tinha um homem lá dentro! Não é possível, todos os banheiros de lá são proibidos para mim! O japa que estava lá dentro do banheiro de mulher tinha se enganado também. Aquela merda é trote pra quem vai a primeira vez no lugar! Muito pior que os pitboys raivosos.