Casórios
Das situações mais ridículas pelas quais eu já passei na minha vida, duas estão relacionadas a ser madrinha de casamento.
Eu gosto de ser madrinha. Como eu sou uma pessoa carente, qualquer osso que me jogam eu fico feliz. Imagina me chamar pra ser madrinha de algo. Eu levo a sério! Por isso, nessas ocasiões eu resgato uma porção mulherzinha do meu ser que vive adormecida e compro vestido, faço cabelo, maquiagem etc.
Só que fazer cabelo e maquiagem não é uma coisinha fácil. Primeiro, você tem que ir láaa no salão e decidir o que quer fazer com o raio do cabelo e como você quer a droga da maquiagem. E eu odeio decisões. Depois você tem que ficar lá sentada por horas a fio enquanto catucam a sua cara e a sua cabeça.
Claro que o pior de tudo não é isso. O pior mesmo é voltar pra casa de tênis, calça cargo e camiseta toda maquiada e com o cabelo armado. Rezando pra não encontrar ninguém conhecido. E lógico que a probabilidade de você encontrar o homem da sua vida indo comprar latas de cerveja enquanto você volta pra casa parecendo a Emília sobe para quase 90%. Aí, é torcer para que ele não encontre nenhuma pedra no chão, porque ele vai achar que você é bicho e tacá-la. Nessa hora, todo homem é um exterminador.
Ao menos dessa vez eu não inventei de fazer cachinhos e então não tive que voltar para casa com um lenço espantado pavoroso amarrado na cabeça. Consegui convencer o cabelereiro de que o meu cabelo já tem grandes molas naturais.