Histórias antigas
Lembrei de uma que data do início da minha primeira faculdade. Ó, faz tempo: 10 anos. Estou ficando uma pessoa cheia de experiência, de histórias para contar. Ou seja, velha. Mas isso não vem ao caso.
Logo no início da faculdade, os pobres estudantes de Comunicação da UFRJ pegam um professor que é pior que qualquer trote: o Saboga. Ele é o cara que faz você pensar que a faculdade será uma coisa difícil, que faz os alunos imaginarem que todas aquelas histórias que ouviram de que universidade não é mole, não, eram verdadeiras. Ele manda ler vários textos chatéeerrimos, do naipe de Golbery do Couto e Silva, e ainda dá pro-va. Ui. Depois, ao longo dos outros semestres, a pessoa percebe que é só ele que faz isso e que o resto da faculdade será puro entretenimento.
Enfim, naquela fatídica primeira prova, tínhamos que redigir alguma coisa acerca de um texto de uma economista. Uma amiga minha, nervosa até o último fio de cabelo louro escovado, sem lembrar da profissão da autora, tascou um "segundo Fulana de Tal,
entendida no assunto...".
Entendida no assunto? Só aluno do primeiro período mesmo... o professor arrasou com a pobre, sacaneando o "entendida no assunto" à exaustão durante a aula de comentários da prova.
Se ela é entendida no assunto ou não, ninguém tem nada a ver com isso. Mas não era pra escrever naquela prova...