Só tem maluco nesse mundo – parte III
As pessoas são malucas. Estava eu na fila e-lor-me dos elevadores da faculdade quando escuto dois sem loção estressados (não que eu não esteja estressadíssima essa semana, mas isso não vem ao caso) conversando:
Mulher: - Aqui não tem escada? Acho que eu vou de escada. Odeio ficar em fila.
Homem: - Para que andar você vai?
Mulher maluca: - Décimo quarto.
Como assim “acho que eu vou de escada”? A criatura considera a hipótese de subir lances intermináveis de escada pra não ficar numa fila de cinco minutos? É porque não tem mais nada pra falar! Aí, fala bobagem. Queria que algum inspetor caveira das falas alheias surgisse de um buraco no chão e a obrigasse a subir tudo de escada mesmo. Pra aprender a não externar as merdas que porventura pensa. A fechar o valão!
Como se não bastasse, o homem maluco que acompanhava a mulher maluca também disparou:
- Às vezes essa fila está tão grande que eu fico fazendo uma hora aqui embaixo até ela acabar.
Ahhh! Deixa ver se eu entendi. Em vez de ficar cinco minutos na fila, o sujeito prefere esperar 15 ou 20, quem sabe até mais, dependendo do dia, fazendo nada, até a fila passar.
Percebam que estão todos doidos. Falando coisas sem sentido. São pessoas que no último dia do ano vão fazer chuva de notas de 100 reais picadas na Rio Branco. Tudo pancada. Eu tenho medo dessa gente porque pode me contaminar. E eu nem tenho notas de 100 pra tacar. Só de 1 e 5. E eu preciso delas pra comprar doce de leite.