domingo, dezembro 26, 2004
Até 2005
Fiz questão de deixar váaarios posts pra vocês, porque amanhã, como faço todo final de ano, irei passar uns dias na nababesca mansão dos Rena em Massambaba. Aproveito pra desejar um ótimo 2005 pra todos e agradecer a galera que me deixou comentários e e-mails de Feliz Natal e que eu, monstro sem coração que sou, nem respondi. Que ano que vem eu esteja mais inspirada, porque nos últimos meses esta porcaria que eu escrevo ficou meio abandonada. Também, não tenho culpa se nunca mais entrou barata aqui, se eu não fiz outro piercing e nem viagens mirabolantes esse ano. Em 2005, pode ser que role o post da tatuagem. Já o post da retirada das amígdalas eu espero que não role nem em 2007.
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Matérias fofas de Natal
Eu ainda não tinha começado a beber o vinho da noite de Natal. Estava vendo o Jornal Nacional com Papai Joselito. Todo o noticiário falava do Natal, Natal em Nova Iorque, Natal no Brasil, o Natal das crianças, o Natal dos adultos, o Natal das capivaras da Lagoa... aquela coisa de sempre. E tinha, claro, a matéria lacrimogênea de Natal. Era sobre uma senhora que não via o filho havia 50 anos. Filmaram o reencontro. O sujeito chorando que nem criança, abraçando a mãe. Dizendo: “mãaaae” e a mãe respondendo “meu fiiilho”.
Eu lá me controlando pra não chorar, porque eu sou uma mulherzinha e choro até em propaganda de plano de saúde, mas não admito isso sem luta. Papai Joselito assistia a tudo impassível, que Papai Joselito é sem noção e não vai se emocionar com essas coisas fake feitas para chorar do Jornal Nacional. Ele só fez um comentário:
- Esse cara podia ter feito a barba pra encontrar a mãe, né?
Impressionante como ele pega bem o espírito natalino.
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Minha família na TV
Falando em Papai, ele me arrumou um programa sobre uns nômades que vivem na Sibéria pra ver hoje, um dos domingos mais ociosos e modorrentos que 2004 já presenciou. O programa, do Discovery Channel, claro, não teria nada de mais se não fosse sobre... um rebanho de Renas. Aí cabô, né? Papai não me deixou em paz enquanto eu não sentei do lado dele pra ver.
- Fernanda, vem ver as suas parentes! Olha as suas parentes puxando trenó. Olha elas trabalhando!
OK, eu mereço. É praticamente só uma vez por ano que eu ouço essas coisas. E eu adoro meu nome de bicho natalino.
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Ela veio desejar feliz 2005 pra vocês
Muitos ossinhos pra vocês ano que vem!
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Super
Um dia, quando eu crescer, serei Superintendente. Superintendente é muito mais bonito do que chefe, presidente, diretor... Já decidi então que quero ser isso. Nem que seja superintendente daquela loja de geléias que eu vou abrir em Petrópolis o dia em que, por recomendações médicas, depois do enfarte que eu terei aos 35, eu tiver que me afastar de eventos, campanhas e coisas assim.
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Meus 15 anos
A Filha da Chata, caçula do clã dos chatos, por um motivo inexplicável e perdido nas brumas do passado, gostou de mim. Ela até conquistou minha simpatia, mesmo ouvindo KLB e quase fritando meu cérebro. Afinal, ela disse que eu não tinha barriga e me deixou muito feliz. Enfim, por isso eu recebi o convite pra festa de 15 anos dela. Reza a lenda que ela mandou me dizer que quando fizer 18 haverá outra e eu estarei novamente convidada.
Mais tarde, soube que um convite daqueles estava valendo mais que entrada pro camarote da Brahma no Carnaval. Um casal de amigos dos Chatos, que tem três filhos, recebeu cinco convites. Um dos filhos não pôde ir, então, eles resolveram levar a namoradinha de um dos garotos que ia. Aí, na missa (é, teve missa) a mulher resolveu comentar com a Chata pra Caraca, mãe da Filha da Chata, que ia levar a namorada do filho no lugar do filho que não ia. Ao que Chata retrucou:
- NÃO. EU CONVIDEI FOI A SUA FAMÍLIA, NÃO A NAMORADA DO SEU FILHO.
Mas que finesse. Quase uma Glorinha Kalil. Chiquéeerrima.
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quarta-feira, dezembro 22, 2004
E chove
O pessoal disse que tinha chegado o verão, mas era mentira, tio. Só chove. Nunca mais vai parar de chover. Pior de tudo é ler no Globo a manchete trocadilho "as águas de dezembro abrem o verão". Argh. Não gosto dessas piadas amarelas por mais sofisticadas que elas pareçam. No fundo, são só piadas amarelas.
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Eles estão aqui no meio da semana
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segunda-feira, dezembro 20, 2004
Burrices na Record
Adoro as pérolas que saem no Sem Saída e no Aprendiz. Outro dia, o Márcio Garcia virou para uma das candidatas e disse:
- Ah, essa é fácil, o computador foi camarada. Cardume é coletivo de quê?
E a garota:
- De elefante!
Não me lembro bem se ela disse elefante, mas peixe ela não disse. Doeu até o fundo de minh´alma.
Logo depois, no Aprendiz, o Justus esculhambou uma garota porque ela escreveu “não exite em nos contatar” em vez de “não hesite em nos contatar” e deu a desculpa pra ele de que era um rascunho.
- E porque é rascunho você pode assassinar o português desse jeito? Você estava em dúvida de como se escreve “hesite”?
Pode até ser uma palavra difícil, mas para a nata da juventude executiva de São Paulo não pode ser, não. Tem mais é que ser execrada, jogada viva na arena pros leões devorarem.
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Todo dia ele faz tudo sempre igual
O Velho Carcamano, sempre que me vê indo pro trabalho, me dá bom dia. E pergunta onde eu trabalho. Eu já disse onde trabalho umas 15 vezes e ele sempre pergunta novamente. Eu bem poderia inventar cada dia que trabalho em um lugar diferente, nas Forças Armadas, na Dolce&Gabbana, no Bingo Tijuca, na Câmara dos Vereadores... ia ser mais animado.
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Rubi
A Carolina Magraz está nessa novela inexpressiva das sete fazendo papel de uma ex-milionária falida. Ela está igualzinha à Rubi, personagem dela em Kubanacan. Mas igualzinha mesmo, o mesmo cabelo, o mesmo jeito de falar. E ainda levou uma nota 10 na coluna Controle Remoto do Globo. Só eu vi que ela está fazendo o mesmo papel? Ou ninguém mais vê essa novela além de Papai Joselito? Acho que é a segunda opção...
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sexta-feira, dezembro 17, 2004
Mais uma da série “banheiros horrorosos”
Ah, esses lugares chiques e seus banheiros horríveis! Na outra encarnação, eu vou nascer arquiteta e só projetar banheiros. Sempre amplos e com muitas, muitas casinhas!
Fui hoje confraternizar com a galera do trabalho na Porção Rio´s. Pra quem não conhece, é uma churrascaria chiquezinha onde se gasta algum dinheiro e come-se até morrer com um boi dentro da barriga (dependendo da disposição, com um boi, um javali, um carneiro e um frango).
Na hora de fazer o meu famigerado pipi, claro, eu tinha que ter problemas. Aquele banheiro lindão, dentro daquele lugar tão agradável e grande, só tinha duas casinhas. DUAS. E em uma devia ter alguma mulher com dor de barriga ou alguém trocando de roupa, porque a pessoa se mexia, se mexia lá dentro e nada de sair.
Depois de muuuito esperar, entrei na casinha que vagou. Aí, estava lá eu no meio do processo quando uma mulher lá de fora BATE NA PORTA e grita:
- EI! A PESSOA QUE ENTROU AÍ DEPOIS DE MIM JÁ SAIU?
Ai, meus sais! Sei lá se eu era a mulher que tinha entrado depois dela! Sei lá se ela estava batendo era na minha porta mesmo! Sei lá, cara!!! Sei que continuei ouvindo um EI, EEEEI e depois um: TEM UM CELULAR AÍ NO GANCHINHO DO BANHEIRO?
Eu nem olhei ganchinho nenhum e respondi: NÃO! Estava no meio do meu xixi, cacete! É um momento único, cada xixi é diferente! E a mulher lá:
- TEM CERTEZAAAA? OLHA AÍ NO GANCHINHO! UM CELULAAAR!
Com mil caralhos! Olhei a merda do gancho e estava lá, a bosta do celular pendurado. Com a delicadeza que me é peculiar, atirei o celular por debaixo da porta e disse:
- Ta aqui ó, seu celular.
Ah, que mulher chata dos infernos! Quem me conhece, já deve saber o fim da história: eu travei, saí do banheiro espumando de raiva sem fazer xixi nenhum. Porque eu sou a única mulher do mundo que odeia ir ao banheiro acompanhada porque trava. Imagina se eu não ia perder a concentração com uma louca gritando e batendo lá fora? Minha bexiga teve muito medo e se acovardou!
É por isso que, a partir de agora, eu odeio para sempre o banheiro do Outback e também do Porcão Rio´s. Ah, antes que eu me esqueça, eu odeio também esse clip do word que fica a todo momento me dando dicas utilíssimas, do tipo, como eu faço para me mover entre meus erros (que eu não cometo) de ortografia. Ora, faça-me o favor.
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quarta-feira, dezembro 15, 2004
O Homem do Presidente
Fiquei hipnotizada pelo filme que passou no domingo, depois de Sob Nova Direção. Era um filme do Chuck Norris. E esse cara é bom. No filme, ele era O HOMEM DO PRESIDENTE. Que vem a ser o sujeito que o presidente dos EUA, quase o rei do universo, um velhinho bom e sábio, chama quando não há mais nada a se fazer e ele precisa de alguém que brigue bem.
O problema inicial do filme era o seqüestro da primeira dama dos EUA, uma senhora elegante, classuda e valente. Ela veio para o Brasil (sim, mostraram até o Cristo) e foi seqüestrada no hotel por um bando de bolivianos que queriam armas (no filme eram brasileiros, mas tenho pra mim que na verdade eram bolivianos). Aí, o velho sereno e simpático, mesmo angustiado com o perigo que a velha, digo, a esposa corria, diz “eu não negocio com terroristas”.
Que lindo, cara. Nessa hora eu quase chorei. Aí é que entra o Chuck Norris, um sujeito durão, que tem um jardim japonês de verdade (não deve se estressar nunca) e faz a cerimônia do chá sozinho em casa. Ele corta a maçã com a espada. Ele é bom. Resgata a velhinha de lá de dentro do hotel e deixa todos os bolivianos no vácuo.
Ocorre que Chuck decide que chegou a hora de parar. Então, ele vai se aconselhar com aquele que era O HOMEM DO PRESIDENTE antes dele.
- Como você soube que era hora de parar? – pergunta Chuck ao antigo HOMEM.
- Ah, você simplesmente sabe. Chegou a sua hora?
- Acho que sim.
- Então você vai ter que encontrar um substituto. Como eu encontrei você.
Quase um drama psicológico. Nessa hora, eu despertei para a triste realidade de que trabalhava no dia seguinte e consegui desligar a TV. Pena, porque estava interessante à beça. Ainda iam ter muitas coisas que explodem nesse filme, tenho certeza.
Só não fiquei muito triste porque acho que esse filme passa no domingo todo mês.
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Ele é o cara

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domingo, dezembro 12, 2004
Família monstro
Eu havia comentado com Pentel, horrorizada, sobre a história do candidato à presidência da Ucrânia que foi envenenado e ficou com o rosto desfigurado. Ela lamentou não ter visto a matéria no Jornal Nacional. No dia seguinte, recebi por e-mail a newsletter do Globo com a foto do cara.
Mandei pra ela, mas, cheia de dedos, coloquei na mensagem que ela podia olhar sossegada, que a foto não era tão chocante quanto as imagens mostradas na reportagem. Quis preparar o espírito dela para que ela não ficasse com medo de parir a minha afilhada prematuramente ao olhar pra foto.
Minutos depois, recebo a resposta dela:
“Eu achei ele mais bonito depois do envenenamento. Sou bizarra.”
É todo mundo trololó nessa minha família.
Pra quem não viu, aqui a foto do sujeito para que vocês percebam o quanto ele NÃO ficou mais bonito depois do envenenamento:

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terça-feira, dezembro 07, 2004
Magavilha
Hoje eu resolvi tomar vergonha na cara e fui trabalhar. Já que ontem meu médico operadoiro disse que eu “estava melhorando” eu, mesmo sem notar melhora nenhuma e com as amígdalas quinze vezes maiores do que realmente são, resolvi encarar.
Foi tão agradável ver todo aquele trabalho acumulado! Parecia que eu tinha passado uma semana fora. Mas legal mesmo foi falar com as pessoas com voz de fanha. Ninguém tem idéia. Quem não me conhecia bem não falava nada, mas sem dúvida pensava “não me lembrava que a Fernanda era assim, fanha”. Ou assim: “Tadinha da Fernanda, tão bonitinha e tão fanha”. Eu estou vendo a hora, depois que eu melhorar, das pessoas ligarem pra mim perguntando por aquela funcionária nova fanha da Comunicação, tão simpática.
Eu não merecia nada disso. Fui tão boazinha o ano inteiro pra passar por isso perto do Natal. Perto do Natal eu só quero presente e rabanada.
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Perguntas que não querem falar
Pra quê tem multa pra carro que passa voando baixo pelas poças d´água e molham as pessoas se ninguém fiscaliza isso? Tomei vários banhos de águas nojentas tentando atravessar a rua na volta pro trabalho. É muita falta de respeito com a fanha.
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Docinhos
Gente gulosa é um problema sério. Mesmo com dificuldade pra comer, devorei todos os docinhos da festa de Larinha que Ana Pôla me trouxe. Era um sacrifício a cada doce, mas não fui capaz de parar até o último. Vê láá se uma dorzinha de garganta qualquer vai me afastar de brigadeiro e doce de leite Ninho. Jamais!
Vou sair dessa amigdalite sem um grama a menos. Doencinha mais inútil.
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domingo, dezembro 05, 2004
Injeções de sábado
Meu sábado começou com uma ida ao meu médico alopata, aquele que faz milagres com remédios de verdade, e não aqueles pozinhos brancos de homeopatia que eu tomo que só fazem dar de comer às minhas bactérias. Elas se alegram com toda aquela glicose, dão banquetes e se proliferam ainda mais.
Meu dotô, calmamente, escreveu lá no papelhusco da receita que eu teria que tomar SEIS injeções. Seis. Olhei pra ele não acreditando no que meus olhinhos míopes estavam lendo e perguntei, arrasada:
- Poxa, doutor... o senhor vai me passar seis injeções pra quê? É castigo porque eu não quis operar?
Desde a minha última crise, ele disse que eu tinha que retirar as amígdalas.
Ele me olhou com cara de sem saco e disse:
- Fernanda... eu avisei a você que cada crise sua seria mais difícil de tratar... que você tem que operar. Estou escrevendo aqui na receita, ó: “indicação de amigdalectomia”...
Não! Eu sou uma VE-LHA, velhos não retiram as amígdalas. Só crianças. Eu lembro de quando Pentel tirou as amígdalas, pequenininha. Se não tiraram as minhas naquela época, não podem tirar agora! Agora eu me apeguei a elas.
- Eu não posso te amarrar aqui nessa cadeira e te operar à força. Mas posso dizer que a cada crise que você tiver você vai acumular mais tecido fibroso... e a operação vai ficar mais difícil... mais força eu vou ter que fazer... mais sangue vai sair e pior será o pós-operatório...
Pára, que eu to passando mal!
Papai Joselito, a cereja do bolo, olhou pra mim e disse:
- Entendeu, ou você quer que ele faça um desenho?
Tão amoroso, meu papai. Já em casa, veio o tiozinho carrascão me aplicar a injeção, eu lá no quarto, sem querer muito papo, e o cara lá preparando a solução pra me aplicar, como se não fosse nada... e aí Papai comenta:
- Essa tem pozinho, é da boa!
Desesperei. Quase me joguei pela janela pra não sentir a dor do tal pozinho. O médico passou injeção com pozinho pra me sacanear por causa do pozinho inócuo da homeopatia, só pode ser.
Odeio bactérias! Ainda bem que o antibiótico está matando váaarias de um só vez. Quer dizer, eu espero que esteja.
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Um percing incomoda muitos médicos
Ainda no consultório, meu médico que quer porque quer que eu entre na faca, examinando meu ouvido, de repente falou, em tom de absoluta estranheza e desaprovação:
- O QUE É ISSO AQUI, FERNANDA?
Senti um arrepio na espinha. Ele devia ter encontrado uma cera gigante no meu ouvido, só podia ser. Ia me chamar de porca e dizer que era por isso que eu ficava sempre doente. Somente uma coisa nojenta assim poderia despertar tal repulsa.
- Isso o quê, doutor?
- ISSO.
Percebi que ele falava do meu piercing. Huh, menos mal.
- É um piercing...
- Ah, tá. Isso é bom pra dar sbrubllessotite. (nome inlembrável)
- Pra dar o quê???
- Inflamação na cartilagem da orelha. Sabe orelha de lutador de jiu-jitsu? Então, fica daquele jeito. Mas tudo bem, não é a minha orelha...
Minha cartilagem não vai inflamar nada. Médico bobo, feio e chato. Já sei por que ele quer me operar, é pra sumir com meu piercing enquanto eu estiver anestesiadam, indefesa e de boca aberta, uma cena terrivelmente patética. Não vou dar esse mole pra mané. Nenhum médico vai por as patas no meu pescoço. Se bem que isso daria um post gigantesco... em vários capítulos. A saga das amígdalas. OK, prometo pensar no assunto. Vou pensar, assim, durante uns 20 anos.
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Nem tudo é sofrimento no mundo das bactérias
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Perfeito.
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