O POST DE PORTO SEGURO – PARTE IDo jeito que eu ando sem sorte, achei que se eu anunciasse que ia fazer uma viagem eu ia acabar depois tendo que dizer que “ia para Porto Seguro, PORÉM...”, assim como eu tive que dizer, ano passado, que ia para um SPA, PORÉM fui atropelada por uma bicicleta e quebrei o pé. Sei que o exterminador de barangas gosta de me atacar antes de sair de férias, por isso, resolvi não dar mole pra mané. Sou malandra mesmo.
Agora que eu já voltei, e, portanto, estou protegida de qualquer inhanha (a não ser que eu tenha uma diarréia de efeito retardado por causa daquelas comidas de origem duvidosa), posso dizer: eu fui passar o pós-carnaval em Porco Seguro, quer dizer, Porto Seguro! Ê lê lê!
Pré-viagemPobre é foda. Viaja num vôo fretado pela agência de viagens em um horário bizarro: 6h30 da manhã. Seis e meia da manhã! Pra embarcar às 6h30, eu precisava chegar no aeroporto umas 5h30, então sair de casa umas 5h. Resumindo: acordei às 4h da manhã de sábado. Quer dizer, acordei não, porque eu nem dormi. Rolei de um lado pro outro na cama de meia noite até 4h. Eu fico tensa quando tenho que acordar assim tão cedo. Papai Joselito, no caminho, deu uma sacaneada dizendo que “gente normal não viaja nesse horário”. Bom, eu viajo. Por que será, né? Eu superbrega empunhando a bolsinha que ganhei da agência de viagens. Parecia que eu fazia parte de uma excursão de colégio.
A viagem de idaEstou ficando velha e medrosa. Antigamente, não tinha o menor medo de viajar de avião. Só que a cada viagem que eu faço parece que fico com mais pânico. Tenho horror quando o avião dá aquela abaixadinha no ar, perde um pouco de altitude (ou parece estar perdendo). Eu sempre penso “é agora que eu vou virar personagem do Globo Repórter ou daquele documentário do Discovery, ‘Grandes Desastres Aéreos'”. Ao menos, se eu morresse numa situação dessas a foto que ia aparecer na TV não ia ser a da minha identidade, já que o documento já teria se desintegrado em muitos pedaços pequenos, assim como eu mesma. Espero que Mamãe Joselita, numa situação assim, escolhesse uma foto em que eu estivesse mais ajeitadinha.
Tenho medo também de turbulência. Fico olhando para a cara da tripulação para ver se vejo sinais de pavor no olhar deles. Sei que é idiotice, mas ora, bolotas, pessoas que sofrem acidentes, no início da queda, por alguns segundos, também devem pensar que aquilo é normal e que só os medrosos do lado estão babando e tremendo, pensando que tem alguma coisa errada. Bando de tolos.
(CONTINUA...)