O POST DE PORTO SEGURO - PARTE IIA chegadaDepois de muito chacoalharmos, eu e
AnaPôla (que falará alguma coisa sobre a viagem, assim que o computador dela ressuscitar) pousamos em Porto Seguro debaixo de uma chuva torrencial. Chovia picas. Quer dizer, chovia água mesmo, que se chovesse picas a coisa estaria bem mais animada. Caía água, muita água. Só eu pra ir pro Nordeste levando a frente fria. Lembram-se da falta de sorte da qual eu falei na primeira parte do post, né? Pois então.
No ônibus para o aeroporto e na recepção do hotel, fomos brindados com um guia que contava piadas tão amarelas quanto a camiseta que usava. Coisas como dizer que a chuva que caía em Porto Seguro era de água benta, porque era abençoada. Ou que o ar-condicionado do ônibus de um dos passeios era “digital”, porque você usava a digital do polegar pra abrir a janela e não sentir calor. Ou que a gente tinha que visitar a praia de Coroa Vermelha e que Coroa Vermelha não era uma mulher madura que tinha tomado sol demais. Uma sessão de tortura chinesa. Depois que ele esgotou todo o arsenal de amarelices, nos liberaram para o café da manhã. Eram umas 8h. Disseram que os quartos estavam sendo arrumados porque tinha saído uma turma grande havia poucas horas e bla bla bla.
Às 10 e blau, ainda morgávamos na recepção à espera de um local para esticar os ossos. Enquanto planejávamos destruir cada objeto quebrável do local, ao menos fizemos amizade com uns paulistas simpáticos. Às 11h, quando finalmente anunciaram que podíamos ocupar nosso cafofo, meu humor não estava dos melhores. Chovia, eu estava acordada havia 24 horas e os paulistas, já instalados e provavelmente sem todo aquele sono que eu estava sentindo, já tinham dado linha na pipa.
Catei minhas malas pesadas e me dirigi toda torta até o quarto, quando um sujeito, que tinha chegado no mesmo vôo e passado pelos mesmos perrengues, resolveu me oferecer ajuda pra carregar a mala. Pobre coitado do homem, cara. Cometeu o terrível erro de falar comigo em um momento
yes, stress. Rosnei: “Não precisa não, obrigada”, com a pior das caras. Tive que passar a semana sendo simpática com o cara pra me redimir da grosseria. Imaginem o esforço colossal que eu fiz. Acho que nem devo ter engordado só pelas calorias que perdi puxando papo com o cara todos os dias.
PasseiosNo segundo dia, o sol veio, porque Nordeste, mesmo com nuvens, tem sol. Nem a nuvem negra do Patolino conseguiu tirar a graça da viagem, porque o sol abria bem na hora que chegávamos nas praias.
Conhecemos Coroa Vermelha, Santa Cruz de Cabrália, Santo André, Pitinga e Trancoso, além de Taperapuan, que era a praia em frente ao hotel onde estávamos. Em frente MESMO. Só atravessar a rua. Sensacional. Uma vida ruim que só vendo. O melhor é que fizemos tudo por nossa conta, sem pagar um olho de cada cara por passeio. O único passeio que compramos foi o de Santo André.
Foi nesse passeio que eu conheci a Ilha do Sol, aquela da música “ou Miiilaaaa, mil e uma noites de amor com vocêeee... Tudo começou há um tempo atrás, na Ilha do Sooool....” então, essa Ilha do Sol. Nunca pensei que um dia eu pisaria no berço de uma música cantada pelo Netinho. Não sei se serei a mesma depois dessa viagem.
(CONTINUA...)