Tererês amigos do exterminadorO exterminador de barangas está cada vez mais esperto. Agora ele se esconde em meu próprio corpo... mais precisamente, num fio do meu cabelo! O que aconteceu hoje é digno das histórias do meu amigo
Andreh, e eu preciso dizer... isso só acontece comigo!
Tudo começou... há um tempo atrás... na Ilha do Soool! Bom, quase isso, já que tudo começou realmente na Bahia. Todos os seres do sexo feminino de cabelo comprido estavam fazendo tererês no cabelo. Como eu sou uma pessoa que adora fazer parte da massa, que quando viaja traz camisetas do local, chaveiros com miniaturas de monumentos e ímãs de geladeiras “eu amo Bahia”, tive que fazer um daqueles no cabelo também. Eu precisava.
Apareceu então uma tiazinha em Trancoso, na praia, que fez os tais tererês. Pra quem não sabe, tererê é uma trancinha do cabelo com umas miçangas. Nesse dia fiz dois. Ficaram uma graça, só que, quando lavei o cabelo, as miçangas escorregaram e um deles se desfez. Maldição! Eu queria chegar no Rio com aquilo na cabeça, praticamente uma menina baiana!
Como eu sou brasileira e não desisto nunca, encontrei uma outra fazedora de tererês à noite, na rua. Essa aí viu beeem a minha cara de turista otária e cobrou 20 reais pelos mesmos dois tererês pelos quais eu tinha pago apenas 4 no dia anterior. Como eu queria muito, topei. Especialmente porque ela disse que aqueles iam durar, que iam ficar um mês na minha cabeça.
E não é que duraram mesmo? Duraram tanto que essa semana eles me entojaram. Resolvi que ia retirá-los, que o tempo deles tinha acabado, que já era hora deles irem pro céu dos tererês. Retirei as miçangas e ficaram as trancinhas. Distraidamente, comecei a desfazê-las, enquanto via o Jornal Nacional. De repente, senti um negócio estranho no meu olho. Parecia que tinha caído um elefante morto lá dentro. Levantei, tirei a minha lente e o troço continuava lá. Quando olhei melhor no espelho, eu vi que tinha um CABELO dentro do meu olho, todo enrolado no meu globo ocular! A coisa não saía de lá, meu olho foi ficando vermelho, lacrimejando, tava vendo a hora que saltava das órbitas e ia parar, podro, na pia do banheiro. Chamei Papai Joselito pra ajudar, mas ele repetia seguidamente que não estava vendo cabelo nenhum, perguntava se eu tinha certeza de que tinha alguma coisa no meu olho e dizia que eu estava desesperada demais. Assim, que nem ele disse, quando eu quebrei o pé, que era pra eu parar com aquilo e andar logo. Um docinho de coco.
Maloquei eu mesma uns cotonetes que habitam o meu armário e catuquei o fio de cabelo até uma ponta aparecer e eu conseguir puxar. Uma autêntica celeuma. Pelo menos, não foi na hora da novela. Eu ia deixar o cisco gigante lá, que não ia perder Naza pegadeira se jogando da ponte.