Bactérias e nêutronsSe eu resolver blogar só quando me acontecer alguma coisa interessante, nunca mais vou escrever nada aqui. Fui tentar esperar por um post que prestasse e olha só no que deu: quatro dias sem absolutamente nenhuma letrinha nesse fundo preto com porcos.
A culpa não é totalmente minha. A coisa mais emocionante que me aconteceu nos últimos dias foi uma explosão de bactérias – sim, amigos leitores dessa porcaria sem nenhuma periodicidade, mais uma vez cá estou eu com amigdalite. Cada um com a sua cruz, né? Tem gente que tem gastrite nervosa. Eu tenho amigdalite nervosa. E pânico de cirurgia, portanto, não vai rolar o post da operação de garganta. Vou adiar isso enquanto puder, feito a extração dos sisos. Enquanto puder e enquanto tiver dinheiro pros antibióticos. Está tudo pela hora da morte! Gastei tanto dinheiro que pensei em pegar um empréstimo de pensionista do INSS. Aí eu lembrei que não sou uma pensionista do INSS desde que parei de receber o auxílio-doença por ter quebrado o pé.
Hoje passei o dia hibernando, eu, minhas bactérias, meus medicamentos e um monte de comida. Cinco minutos entre uma refeição e outra, parei pra ver uma espécie de desenho animado que passa no Nicklodeon, um tal de Jimmy Nêutron. O Jimmy Nêutron é mais um garoto-gênio dos desenhos. Tipo o Dexter, o Franjinha, aquelas coisas que vêm juntas. Enfim. O Jimmy e os amigos cismaram que queriam trabalhar num fast-food. Os amigos do Jimmy eram meio burróides, mas logo conseguiram impressionar o gerente e se deram superbem em suas tarefas simples. Já o gênio não conseguiu se encaixar e, querendo utilizar seus superconhecimentos, foi ganhando antipatia até ser jogado pra fazer o serviço mais humilhante – se vestir de hambúrguer e anunciar a lanchonete na rua. Típico, não? O cheio de qualificações acaba não conseguindo apertar o parafuso tão bem quanto os idiotas.
Mas o Jimmy se rebela e, da noite pro dia, instala uma série de aparatos tecnológicos no lugar e o transforma na lanchonete perfeita, que monitora o nível de satisfação do cliente o tempo todo. Ele ganha a confiança do gerente, a lanchonete lucra horrores, se torna a mais popular da cidade. Até que o pai Joselito do tal do Jimmy vai lá contra a vontade, obrigado pela mulher. Como ele na verdade queria ir no Taco não sei das quantas, pra comer comida mexicana, ele passa o tempo todo reclamando e o computador fica maluco. Tudo começa a dar errado.
Aí eu desliguei a televisão. Fiquei revoltada. Estava tão legal a ascensão do nerd! Finalmente o CDF incompreendido acha seu lugar na sociedade e cortam o barato dele. E o próprio pai, uma mala que reclamava o tempo todo! Péssimo, eu querendo ver histórias felizes no meu feriado e me vêm com essa.
É isso. Foi o melhor que eu consegui pra hoje. Divirtam-se com meus arquivos até que um novo piercing apareça na minha vida.