Ratos secos, ratos mortos, ratos, ratos...Ah, sim. Pentel não tem medo dos ratos porque uma vez os sogros dela, pais de Cunhado sem Loção, descobriram um bicho desses em casa e mandaram chamar um exterminador de rato. Na publicidade da empresa, dizia "MATA E SECA O RATO". E como se faz para matar um rato que não seja a vassouradas (de aço, de preferência) ou com veneno? Bom, o tal exterminador, quase o Schwazenegger do mundo dos esgotos, chegou lá, abriu uma bolsa e tirou um diapasão, um instrumento semelhante aos que os otorrrinos usam pra testar audição. Ele vibrou o diapasão algumas vezes pela casa, guardou o objeto, virou-se para os pais de Cunhado e disse, simplesmente:
- Pronto, morreu.
Uai! Os dois olharam para o Schwazenegger com uma cara de "que parte foi que nós não entendemos?".
- Morreu?
- É.
- Mas cadê ele?
- Não sei, mas que está morto, está. Esse diapasão estoura os tímpanos do bicho e ele morre. Qualquer hora aparece por aí.
Então eles se conformaram e pagaram o sujeito. Fazer o quê, né? Não assinaram nenhum contrato exigindo o cadáver do rato... o jeito era esperar pra ver se ele ia aparecer ou não, mas começaram a desconfiar que tinham escutado uma conversa pra bovino dormir.
Dias depois, eles abriram um armário e estava lá o corpo estendido no chão, quer dizer, na gaveta... o rato morto e seco, conforme prometido pelo tio do diapasão mortal.
Ai, que eu estou muito precisada de um diapasão desses! Pra estourar tímpanos de pélas-saco antes mesmo que eles pensem em vir pelar. Ia dar supercerto.