Update do POST DA ROUBADA (a pedidos)Já que vocês querem tanto saber os mííiiiinimos detalhes de um encontro que foi claramente liso, resolvi fazer a vontade de vocês porque hoje é sexta-feira, amanhã eu vou dormir até meio-dia e por isso estou magnânima. Realizando desejos. Quase uma instituição beneficente.
Cheguei no barzinho onde eu tinha marcado com o cara. Eu não tinha loção de como ele era, e nem ele de como eu era. Graças aos santos, anjos e arcanjos, vivemos num mundo em que existe o celular e então não precisamos pagar o mico de dizer: "eu vou estar de vermelho", "eu vou oferecer um Trident". Simplesmente, quando cheguei liguei pra ele. Vi um sujeito sozinho atendendo o telefone na hora e saquei que era ele. Sou tão esperta! Eu mesma me surpreendo.
Sentei, pedi um chopp. Comecei a puxar papo porque, pelo que eu estava vendo, o sujeito só ia comentar que "a sua tia é uma figura" e contar toda a história de como ela tinha resolvido dar o meu telefone pra ele em looping, de novo e de novo, até eu encostar a cabeça na mesa, dormir de tédio e molhar tudo com a minha baba. Então comecei a fazer as perguntas básicas "o que você faz", "quantos anos você tem", aquela coisa meio IBGE pra tentar fazer com que o papo não morresse. Ainda assim, a conversa não rolava. Manhê! Que agonia!
Menos de uma hora depois, eu já olhava meu celular nervosamente. Lógico que tinha combinado com alguém de me ligar para que eu pudesse fingir que tinha que sair se a parada estivesse chata. Inventei com Minnie Nome Triplo uma série de códigos, ela ia me telefonar e, dependendo do que eu falasse, ia saber se as coisas estavam boas ou ruins. Mas o tempo passou, passooou (lento) e a cachorra não ligava. URGH! Tive então que, sozinha, falar uma desculpa qualquer e vazar.
Cheguei em casa refletindo que nem espelho, cismada. Fazendo o balanço da coisa toda. O cara não era propriamente um mala, mas não era legal. Mas era pegável. E não rolou. Bruno e Marrone resolveram acordar e trabalhar um pouco e já estavam quase chegando à conclusão de que, afinal, o cara podia não ter gostado de mim, né, se decepcionado, sei lá. Vai que a minha tia pintou a Luma de Oliveira e o sujeito ficou frustrado? Poderia ser. Mas então, mal eu tinha chegado em casa e toca meu telefone. Era ele.
- Fernanda, estou ligando para dizer que gostei muito. Achei A SUA PESSOA muito interessante.
Não! Quase que minha pele se rasgou de nervoso! "A sua pessoa" não! Só quem ficou bem falando a sua pessoa foi o Lazáro Ramos em Madame Satã. O resto não pode! Não quero e não gosto!
E foi assim que terminou. Pra quem acha que estava claro que era uma roubada, sim, estava claro, mas só quem é curioso sabe até onde um curioso vai. Eu iria de novo.