Exames dos infernos novamenteTodo ano eu preciso fazer o exame dos infernos e todo ano isso gera um post. Claro. Porque o exame dos infernos faz parte dos acontecimentos mais bizarros da minha vida. Chego lá e ganho um avental medonho que não fecha. Por que demônios esses aventais de hospital não têm uma cordinha ou um velcro que funcione? Sei lá, deve ser pra tornar o que é ruim ainda pior. Como se não bastasse ir pra uma cabinezinha desconfortável e ter que tirar toda a roupa, ainda tenho que tentar guardar tudo num armário do lado de fora tomando cuidado pra não cair o avental ridículo e ficar nua no meio de todo mundo. E toca a fazer malabarismo pra segurar bolsa, roupa, sapato, tudo com uma das mãos e com a outra segurar a maldita bata. Juro que fiquei uns instantes dentro da cabine pensando se logisticamente haveria realmente uma forma de se fazer isso. O que me consolou é que, se ano passado eu consegui, esse ano também tinha que haver um jeito.
Depois de finalmente guardar meus pertences no armário, percorri naquela situação a porra de um CORREDOR INTEIRO, descalça, humilhada e sozinha, até a sala de exame. É triste, viu? Chegando lá sou deixada por longos minutos, durante os quais meu pessimismo de estimação insistia em me dizer que não viria a médica com quem eu agendei o exame há semanas (não gosto que médicos me conheçam por dentro) e sim um dotô desconhecido. Mas não. Depois dos tais minutos, a mulher chegou, fez o exame dos infernos, disse que eu estava garantida por um ano e me mandou embora. Fui correndo antes que ela mudasse de idéia. Aproveitei e peguei o resultado do de sangue que, dessa vez, além do colesterol 243, mostrou uma "leve" anemia. Taqueopariu! Eu sou a pior com essa coisa de ziquizira, pareço a sala de espera do INSS.