Da série "virunduns" - música inexplicáveis de Lama GêmeaOutro dia, fui procurar a letra da música da Zélia Duncan, tema da personagem da Flávia Alessandra na Lama Gêmea que eu coloquei aqui na trilha sonora do blog.
Em TODOS os sites que encontrei, incluindo o do Terra e vários sérios de cifras, encontrei o seguinte trecho:
"Pra quê
Se um vazio INESPERÁVEL eu não percebi"
Fiquei um tempão que nem boba olhando aquele "inesperável". Que coisa mais esquisita! Na hora meus dois neurônios, Bruno e Marrone, entraram em curto, porque não conseguiam reconhecer a palavra, apesar dela estar escrita em tantas páginas.
Imeadiatamente, fui consultar um dicionário (em papel, nessas horas tenho medo da internet) e constatei: "inesperável", realmente, não existe. Ufa! Graças a Deus! Me dei ao trabalho de ouvir a música e confirmar o que eu já achava: ela canta "Se um vazio ME ESPERAVA".
Cara, de onde essa gente tirou "inesperável"? E em tantos sites? Ainda se fosse "inesperado" eu ainda poderia compreender. Mas inventar palavra é fogo! E ela nem fala enrolado na música, eu sempre entendi. Eu, hein.
Acabei continuando a ouvir o CD da novela na Rádio Terra e peguei mais virunduns, dessa vez, meus mesmo. Na música tema dos personagens de Du Moscovis e Priscila Ex-Elefantin, Burrel e da AlmaPenadena, a letra é assim:
"E eu do brando sono hei de acordar"
Eu sempre cantava: "e eu DUBLANDO O SONO hei de acordar". Achava que o cara ia fazer um malabarismo pra acordar do sono, ia dublar o sono. Pra mim, fazia todo o sentido.
E "Índia", cantada por Roberto Carlos? A minha vida inteira, eu achei que fosse asssim:
"Vem que eu quero te dar
TODO O MEU PARAGUAI"
Essa é ainda pior, porque nem é nessa hora da música que ele fala do Paraguai. Na verdade, é assim:
"Vem que eu quero te dar
Todo o meu grande amor"
e
"Dentro do meu coração
Flor do meu paraguai"
Acabei misturando tudo e pra mim era assim mesmo, porque eu achava que ele queria dar o Paraguai pra índia dele. Um presente bem estranho. Vai vir com um monte de bugingangas e uísque ruim.
UPDATE: Caraca, rolou uma lesação na hora desse "dublando o sono". Eu pensava que era "dublando" de "fazendo malabarismo", quando, na verdade, pra isso teria que ser "driblando". Que anta top model! Música faz a gente ficar meio lesada com esse monte de licença poética que a galera usa. Agora chego um pouco mais perto de entender o inexplicável "inesperável". Foi uma leitora que abriu meus olhos lá nos comments.