Nossos adoráveis papais JoselitosSempre recebo com emoção histórias de pessoas que têm papais Joselitos assim como eu. Loira DuBem, em nossos almoços no francês perto do trabalho, volta e meia cita que o pai é campeão dos presentes sem loção. Ela já ganhou as coisas mais esdrúxulas dele. Certa vez, ela anunciou pra toda a família que não gostava de tênis, que nunca usava, e disse categoricamente, antes do natal, que não queria ganhar tênis. O que o pai deu? Um tênis. E ele nem tinha comprado quando ela falou, comprou depois. Porque queria dar um tênis e pronto. Lamba os beiços.
O pai de Dubem já pegou uma sanduicheira que ele tinha em casa, usada pela família há anos, embrulhou e deu de presente pra ela. Certa vez também, comprou um daqueles castiçais que os judeus usam em uma das suas festas. Não me perguntem o nome, não entendo nada da religião judaica... e nem DuBem! Ela não é judia, nem o pai, mas ele comprou assim mesmo e deu pra ela. Era uma coisa de segunda mão, com uns descascados. Ele justificou:
- É pra quando faltar luz!
Tá explicado!
Mas ele se superou nesse natal. O Extra (jornal aqui do Rio, pra quem não sabe) deu de presente aos seus leitores uma enciclopédia. Daquelas de jornal que a pessoa vai juntando, que vem um fascículo em cada edição. O pai de Dubem adquiriu duas unidades do mimo e deu de presente pras duas filhas.
Como assim, Bial? Ele deu de presente a enciclopédia do jornal! Jooooselito!
DuBem amenizou a história:
- Mas ele embrulhou.
Ah, bom!