Praia, sol e marDomingo feliz eu passei na praia. Praia pra mim não significa ficar bronzeada. Até porque qualquer filtro solar vagabundo que eu passe, fator 4, pronto, já não pego cor absolutamente nenhuma. Pior é que eu não posso não passar nada, porque senão no dia seguinte morro, tenho insolação, essas doenças de branquela fresca. É oito ou oitenta, ou cor zero, ou queimadura de segundo grau. E a inveja que eu sinto de Kátia Lisa, que passa um óleo melequento na pele, não sente nem um ardidinho e ainda sai morena? Que raiva. Comigo, só se eu não passar nada. Morro, mas, depois que a queimadura cura, fico com uma cor leeenda. A pele doente, esturricada, mas cor de canela.
Outro dia, me queimei sem querer na sanduicheira. Um pedacinho do antebraço. Acidente doméstico. Aquilo doeu, incomodou horrores, até que passou e ficou uma mancha vermelha. Depois rosa. Depois marrom. Um marrom legal à beca. Daí que se eu rolasse toda na sanduicheira, depois que saísse do hospital, ia ficar morena da cor do pecado. Olha que é um caso a se pensar.
Mas praia não é só pra pegar sol. A gente vai também pra dar um mergulho. Naquele mar lindo, azul... que pra chegar até ele tem que passar por uma piscina que se formou entre a areia e o mar. Não! Várias crianças remelentas brincavam naquela água, xixi era o mínimo que tinha ali. Não gosto nem de pensar. Pior é que tinha umas pessoas nadando alegremente naquela sujeira. Credo em cruz. Melhor passar por fora e me arriscar no mar mesmo, cheio de placa de “perigo correnteza”. Antes ser levada embora para sempre que colocar meu cabelo que cega as pessoas, tratado a proteína de pérola, numa piscininha imunda daquelas.