MarzãoNa televisão, um documentário sobre a volta ao mundo pela Antártida realizada por Amyr Klink. Aparece a cena em que ele volta pra casa, depois de 79 dias fora. O barco do navegador está chegando à praia, quando a mulher dele, na areia, com as duas crianças no colo, não agüenta esperar e vai andando pela água, pra encontrá-lo.
Pentel assiste a isso emocionada, quase com lágrimas nos olhos.
- Olha! Ela entra na água pra encontrar com ele!
Cunhado sem Loção, chegando do trabalho, olha pra ela e pergunta:
- E daí?
- E daí o quê?
- Que que tem ela entrar na água?
Pentel, irritada:
- Pô, Sem Loção... porque ele estava fora há muito tempo... ela ficou com saudade... ah, deixa, se eu tenho que explicar você não entendeu nada.
Pobre Pentel romântica.
Cunhado reflete.
- Ah, tá. Mas eu acabei de chegar e você nem veio se jogando na água.
Amyr Klink, além de ser um maluco que navega sozinho no mar gelado por 79 dias, ainda por cima está por um fio de ser um causador de discórdia no lar dos Pentel.
Acho que a tal da caravana do Jornal Nacional, a série de reportagens mais chata de todos dos tempos, tinha que ser feita de dentro do barco do Amyr Klink. Ele sozinho e uma câmera. Em silêncio total. Ainda assim, ia ser mais animado que essa chatice. Pra ficar melhor ainda, a gente podia jogar os apresentadores do JN no mar sem fim e deixá-los lá, congelando. Ia dar supercerto.