Traumas dessa vidaHoje, nem sei por que, me lembrei de uma professora Joselita que eu tive na sexta série, acho. A mulher levou todos da sala para o laboratório do colégio para fazer uma experiência. A cabeçada toda empolgada, afinal, sair da sala no meio do horário da aula era um acontecimento, fosse para o que fosse. Só que aí... era uma experiência sobre digestão de amido. Ela juntou os alunos em grupos de três, cada grupo colocava, num béquer, um pedaço de batata, uma substância lá que eu não sei qual é (químicos, biólogos e professores Joselitos em geral que estejam lendo esse blog, que me ajudem a esclarecer) e... saliva. O ingrediente saliva era colocado às CUSPARADAS. Cada criança tinha que cuspir umas três vezes no béquer, pra encher aquilo até o ponto que a experiência desse resultado. Cacetes transgênicos! Até hoje, só de pensar nisso, me dá nojo. Na hora, tive tanto enjôo, tanto, que fui incapaz de cuspir no potinho, por cima do cuspe dos meus outros coleguinhas mais descolados, e ainda fiquei me sentindo culpada. Porque a mulher dizia que TODOS TINHAM QUE CUSPIR PRA AJUDAR. O quão bizarro é isso?
Cara, será que hoje em dia, no mundo politicamente correto e higiênico em que a gente vive, as professoras ainda podem mandar as crianças cuspirem dentro de um recipiente de vidro? Tomara que não. Não quero que Mini Pentel passe por isso.