Nada mole casamentoPapai e Mamãe Joselitos uma vez foram convidados para um casamento lá no Alto da Tijuca. O lugar tem uma igreja bem conhecida, onde 90% dos casamentos no Alto acontecem. Eles nem sabiam de outra. Aí, foram direto pra essa igreja, não se preocuparam muito em conferir o nome no convite. Era na igreja do Alto. Ponto final.
Chegaram, sentaram, e ficaram lá esperando o casamento começar. Enquanto isso, começaram a achar estranho: não chegava ninguém conhecido. A igreja lotando e nada de aparecer um amigo. Até que, finalmente, ufa, graças a Nossa Senhora dos Convidados Sem Amigos, apareceu uma cara conhecida. O Luís Fernando Guimarães. Sério. Ele chegou, sentou no banco atrás deles, foi cumprimentado por várias pessoas. É, alguém conhecido. Não deixa de ser. Eles ficaram se perguntando de quem o cara era amigo, se da noiva ou do noivo. Que diabos o Luís Fernando Guimarães tava fazendo no casamento? Doido demais.
Então, finalmente, chega a noiva. Uma desconhecida. Eles estavam no casamento errado. E não podiam sair, porque a igreja não tinha saída pelos lados: pra sair da cerimônia, só pelo meio, ali, por onde a noiva entra e todos vêem. Não rolava. Então ficaram lá, uma hora, assistindo a dois estranhos contraírem matrimônio (gente, “contrair matrimônio” é uma expressão bizarra. Estão contraindo uma doença, né? E, pelas leis de Deus, uma doença incurável. Que horror).
Papai Joselito é português e Mamãe é ando-meio-desligada total. Talvez isso explique por que demônios eles não conferiram o nome do raio da igreja direito. Talvez explique também por que meu dois neurônios, Bruno e Marrone, às vezes param de funcionar.