Branquinho na salaEstava eu outro dia tranqüila e calma vendo TV ni qui eu vislumbro, debaixo da estante da sala, uma coisinha pequena, branca e redonda. A primeira coisa que pensei foi que era uma pipoca, de alguma pipoca que eu tinha comido na sala, que tivesse caído do saco, rolado e ficado perdida debaixo do móvel. Estranho porque eu não como pipoca há séculos e porque minha casa é limpíssima. Eu varro o chão, juro. Então que diabos era a coisa branca?
Cheguei perto pra ver e era um ... dente. É. Um DENTE, dente, desses branquinhos, dente, que mora dentro da boca. Então. Cara, imediatamente chequei a minha própria boca pra ver se não tinha nada faltando. É ridículo, eu sei, mas era um dente, eu já tenho trauma dos
blocos que caem, então, sei lá. Mas não, o dente não era meu.
Alguns segundos com aquela coisa na palma da mão, meus dois neurônios, Bruno e Marrone, tadinhos, quase em seu recesso de fim de ano, pensando horrores pra decifrar como um dente pararia no chão do meu apartamento... aí eu lembrei que no dia anterior eu tinha futucado uma coisas velhas dentro do armário e espalhado tudo pelo chão da sala. O que um dente tem a ver com isso? Bem, eu tinha mania de guardar os dentes que caíam da Sassá, minha cã preciosa. Então. O dente é um dente antigo da Sassá, guardado, que pulou no meio das minhas coisas velhas.
Assim espero eu.
O engraçado foi no dia seguinte. Eu larguei o tal dente em cima da mesa, porque fiquei sem saber o que fazer: se guardava novamente o dente da Sassá, ou se ia ter coragem de jogar fora. Ficou em cima da mesa, enquanto eu não decidia. Aí Mister M, a faxineira, que tinha acabado de chegar, de repente me chama:
- Fernanda?
- Sim, Mister M. O que foi?
E ela, provavelmente, coitada, achando que estava na casa de uma vuduzeira:
- Isso daqui é um... dente?
E aparece ela com o dente na mão, embrulhado no guardanapo.
Ahhhhhhh, Mister M... como você vai sair dessa agora?